Em sua dicotomia, por muito tempo o estilo kitsch trouxe polêmicas e inovou ao questionar o que é aceitável ou não dentro do universo da decoração de interiores. Porém, sua essência pode ser revisitada sempre que buscamos inspirações e maneiras inusitadas de proporcionar ambientes criativos e personalizados nos projetos contemporâneos.
De origem alemã, ele é expresso através do maximalismo, da utilização de peças de valores pessoais, mesclas de cores, texturas e até mesmo de estampas, resultando uma formação não óbvia. E, um dos grandes indicadores de sucesso do gênero, nos dias atuais, está em seu apelo nas redes sociais – como visto no Pinterest e Instagram –, já que os ambientes decorados com variações do kitsch não passam despercebidos no feed.
“Com suas cores fortes e cômodos com produção irreverente, fica impossível não se atrair pelos focos de atenção”, analisa a arquiteta Mari Milani sobre os ambientes elaborados com a estética. “Quem gosta do estilo, mas procura maneiras suaves de introduzi-los no décor, é possível definir alguns artifícios que incrementem os espaços com a força do kitsch”, garante a profissional.
Acompanhe as dicas da arquiteta Mari Milani sobre aquilo que pode ser considerado para quem quer abraçar as referências sem pesar na mão.
Maximalismo como potência criativa
Vivemos em um período onde o minimalismo ganhou um espaço exponencial no décor, assim como a ideia dos ambientes com uma natureza mais leve e arejada. De acordo com a profissional, é concebível manter o conceito dessa composição e, ainda assim, inserir peças que expressem o kitsch.
Confira algumas aplicações práticas, com a presença de itens de viés maximalista, realizadas por Mari Milani:
Papéis de parede estampados
Presença constante em projetos de interiores, o papel de parede exerce o poder de revestir as paredes à la kitsch com desenhos em grandes dimensões e formas que destacam a estética criativa.
“Através das estampas do papel, e até de revestimentos cerâmicos que reproduzem fidedignamente os desenhos, realçamos sentimentos e traços da personalidade do morador”, analisa Mari.
Mix de estampas e cores
Uma das propostas mais interessantes do kitsch é buscar produções menos óbvias e mais subjetivas, provocando sensações mais pessoais naqueles que acessam o ambiente. Por isso, brincar com a mescla de cores, texturas e estampas é uma maneira interessante de gerar resultados satisfatórios e únicos! “Para afinar essa contextualização, é fundamental contar com nosso apoio profissional para que, em um projeto 3D, o cliente possa visualizar as variações possíveis do mix que pode ser feito”, orienta a arquiteta.
Detalhes pessoais no décor
Para finalizar, a arquiteta Mari Milani destaca outro ponto muito importante para apreciar o kitsch: não se esquecer de peças de grande valor pessoal para contribuir com a decoração! Afinal, um dos objetivos do recurso é transmitir para a arquitetura de interiores os valores sentimentais daqueles que habitam o espaço.
Nesse contexto, ela indica que vale incluir aquelas peças que são passadas de geração para geração, presentes especiais, lembranças de viagem, móveis garimpados em antiquários, peças assinadas e itens de decoração divertidos (como pinguins de geladeira e bonecos de porcelana).
Sobre a arquiteta Mari Milani
Formada em arquitetura e urbanismo em 2009, pós-graduada em master arquitetura em 2012, com mais de 300 projetos realizados em lares e negócios, Mari Milani está sempre presente nas maiores feiras e eventos de design do mundo acompanhando e trazendo as últimas tendências de mercado para seus clientes.
Para ela, a construção de um ambiente transformador vai além de erguer paredes e distribuir cômodos; é a habilidade de criar um espaço que reflita a personalidade e os sonhos de cada cliente, pensando sempre no conforto e segurança. Cada projeto é uma oportunidade de criar sensações diferentes e únicas, seja por meio da iluminação, do formato ou da decoração.
@marimilani_arquiteta
R. Marina Jacomini, Nº 57 – Santa Paula, São Caetano do Sul – SP