Sua casa está sofrendo de sobrecargas elétricas? Isso acontece quando as instalações elétricas não são planejadas de acordo com a carga que irão alimentar.
O resultado? Quedas constantes de energia, em 2023, consumidores brasileiros ficaram mais de 10 horas por dia sem energia.
As oscilações são comuns?
Essas oscilações são comuns, especialmente em imóveis mais antigos. O engenheiro eletricista e Head da Divisão de Cabos da Megger Brazil, Juliano Gonçalves, explica que muitas moradias não foram preparadas para acomodar tantos eletrônicos e eletrodomésticos. “Hoje em dia, são raras as famílias que têm menos de quatro membros. Com isso, o consumo elétrico também se tornou evidentemente maior”, afirma o especialista.
Com o avanço tecnológico ao passar dos anos, as casas se readaptaram com televisores de alta performance, notebooks, computadores, ar-condicionado, air fryers, alexas, além das máquinas de lavar, hoje também existem os tanquinhos e secadoras e, até mesmo as lâmpadas, que geralmente têm um consumo baixo, mas quando somadas ao consumo já existente destas fontes, podem resultar em sobrecargas, segundo o engenheiro.
“Uma das causas mais comuns dessas sobrecargas é o subdimensionamento dos disjuntores de proteção. Ou seja, o número de eletrodomésticos no imóvel aumentou, mas o quadro elétrico e seus cabos não foram atualizados para suportar essa nova demanda. Assim, sempre que esses equipamentos são ligados, o disjuntor desliga”
Um exemplo disso é, se um ar-condicionado for instalado em um sistema elétrico que não foi preparado para recebê-lo, a sobrecarga na rede vai acontecer, mesmo que a instalação da corrente elétrica seja bem feita.
Outro agravante comum são os chamados “pontos quentes”. Com o tempo, as conexões dos cabos nos quadros (como tomadas e interruptores) podem ficar “folgadas”, o que gera aquecimento no local e os dispositivos de proteção desligam a grande maioria dos eletrônicos como medida de segurança.
Para resolver estes casos, a melhor solução é readequar as instalações, ou seja, realizar uma reforma no imóvel. “Trocar apenas o disjuntor por um de maior capacidade pode resolver parte do problema, mas a proteção da rede elétrica continuará sendo negligenciada”, alerta Juliano.
Já para garantir a proteção de eletrônicos sensíveis, como consoles, computadores e afins, é importante usar estabilizadores, filtros eletromagnéticos, isoladores de energia ou então no-breaks. “Além disso, se necessário, é possível solicitar a visita técnica da concessionária local para uma análise da qualidade da energia fornecida e, assim, identificar problemas na tensão e frequência da rede”, finaliza.