Ter uma piscina em casa é o sonho de consumo de muitas pessoas. Além de valorizar o imóvel, ela é ícone que conecta adultos e crianças que se reúnem para aproveitar os dias quentes para se refrescar ou para saborear um churrasco próximo a ela.
Mas como dar esse ponto de partida? Entre tantas questões que envolvem a sua construção, a designer de interiores Giseli Koraicho, à frente do escritório Infinity Spaces Arquitetura e Interiores, é categórica ao afirmar a importância de um profissional especializado para a realização do projeto e acompanhamento da execução. “Essa análise começa a partir da definição do melhor local para a instalação da piscina”, afirma.
Avaliação do terreno
Giseli conta que para definir o posicionamento da piscina é necessário um estudo da área disponível para a sua construção. Segundo ela, quando se trata de um projeto executado do zero, essa escolha permite um leque mais amplo de possibilidades. Por outro lado, quando o morador já conta com o equipamento, a reforma envolve desde a troca eventual de seus revestimentos ou uma modificação mais estrutural para alterar dimensões ou mesmo alterar sua disposição no terreno.
Sobre a sua disposição, ela relata que o pensamento não se baseia apenas na sua construção, mas também considera o que irá compor o seu entorno, como o paisagismo e o mobiliário externo. Outro fator decisivo é a sua proximidade com a área gourmet, assim como a luminosidade. “É contraindicado uma piscina onde o sol não alcance em nenhum momento do dia. O ideal é que ela fique em um ponto de incidência na maior parte do dia”, acrescenta a designer de interiores.
Profundidade
O próximo ponto a ser abordado é a profundidade e para tanto é importante entender o objetivo ao qual se destinará a piscina. Terá uma finalidade esportiva, para natação ou atividades debaixo d’água, como o mergulho ou corresponderá às expectativas de lazer e recreação para crianças e adultos? Seja qual for, a profissional afirma que as situações demandam especificações diferentes.
Uma piscina destinada ao esporte requer dimensões e profundidades superiores quando comparadas com a versão recreativa. De acordo com ela, os modelos com prainha costumam apresentar 50 cm de profundidade, enquanto a infantil essa altura pode chegar a 90 cm.
“Em uma piscina destinada à diversão, vale descobrir qual a estatura dos membros da família. De modo geral, uma piscina de 1,50 m agrada a maioria das pessoas, se os clientes forem mais baixos, podemos considerar 1,20 ou 1,30 m”, esclarece a profissional. Uma solução é dar preferência para modelos com o fundo inclinado, quando a profundidade se acentua de uma ponta para a outra, ou em ‘U’, onde o fundo da piscina se encontra em seu centro.
Definindo os revestimentos
Para as laterais e o fundo da piscina, a designer de interiores enfatiza a importância de verificar o revestimento mais recomendado para o seu fundo, considerando sua porosidade e orientações de limpeza e manutenção. Segundo ela, a aplicação de pastilhas exibe o mesmo efeito deixado pelos clássicos azulejos de piscina, no entanto trazem como benefício a possibilidade de serem instaladas em modelos com formas curvas.
Já as pedras naturais, que estão em alta nos projetos, combinam com o estilo rústico, podendo produzir um tom esverdeado similar a uma piscina natural. Quanto a esse material, Giseli alerta sobre o cuidado com relação a sua escolha, pois as pedras naturais costumam ser mais porosas.
Por último, há também os revestimentos cerâmicos e o porcelanato que, além de reproduzir os efeitos fidedignos dos materiais naturais, tem como principal vantagem sua baixa absorção de água, reduzindo o risco de infiltrações.
Bordas
Já o entorno da piscina pede por um piso com outras qualidades. A profissional aponta que o revestimento deve apresentar um bom atrito ao pisar e não pode esquentar muito. “O primeiro lugar que as pessoas vão pisar ao sair da piscina precisa ser suficiente seguro até que possam se enxugar. E, lembrando que elas estarão descalças, também não queremos que queimem seus pés”, salienta.
Entre os materiais indicados por Giseli, destaca-se a pedra São Tomé e a pedra mineira, conhecidas por sua função antiderrapante e por serem, sobretudo, atérmicas. Todavia, a designer alerta que sua manutenção exige cuidados, pois o revestimento costuma encardir. “Mas sempre serão clássicas”, declara.
Nos projetos de alto padrão, os dois revestimentos de grande notoriedade são a madeira e a pedra natural. A designer de interiores defende que o deck de madeira é perfeito para projetos mais rústicos à medida que entre as pedras naturais, o mármore se destaca por oferecer uma opção elegante e contemporânea.
Para clientes que desejam mais praticidade, entretanto, recomenda-se o porcelanato. Atualmente, o material pode exibir o efeito de madeira e mármore, entre outros, demonstrando sua generosa gama de opções que atendem menos requisitos com relação a manutenção.
Ambiente ou aquecida?
A temperatura da água é de igual relevância quando os moradores almejam uma piscina própria para usá-las em todas as estações do ano, até mesmo no inverno. Contudo, é preciso compreender em qual local ela será feita. Uma casa no litoral talvez dispense a necessidade de uma piscina aquecida, mas um modelo climatizado pode ser uma boa solução em dias em que o clima se encontra mais ameno ou para não enfrentar a água extremamente gelada de manhã.
Por outro lado, uma residência no interior, onde as temperaturas tendem a cair bastante no inverno e são intensas no verão, uma piscina com um aquecedor potente é o mais indicado.
Decoração
“Além do uso funcional, não podemos nos esquecer do seu valor decorativo”, afirma Giseli. A piscina, mesmo em um dia frio, encanta com o belo espelho d’água que nela reluz, e à noite sua iluminação produz uma atmosfera charmosa.
Por fim, ela chama a atenção para o que há ao redor dela. O mobiliário é essencial para gerar esse impacto, cuidando da escolha de espreguiçadeiras, poltronas e cadeiras próprias para áreas descobertas e mesas com ombrelones que combinem com a proposta do projeto. O paisagismo é tão importante quanto, por isso, as espécies que farão parte da vegetação devem conceber uma composição acolhedora.
Sobre a Infinity Spaces Arquitetura e Interiores
Designer de interiores formada pela Panamericana de Arte e Design e especialista em neuroarquitetura, Giseli Koraicho comanda a Infinity Spaces, que tem como principal meta transformar sonhos em realidade. Presente há mais de uma década no mercado residencial, comercial e corporativo, Giseli conta com uma equipe gabaritada de arquitetos e designers de interiores no desenvolvimento de projetos que buscam tratar cada cliente como único e superar as expectativas. “Nada melhor do que entregar um trabalho e constatar que o morador se sente acolhido pelos ambientes e reconhece sua personalidade em todos os espaços”, afirma. Em seu portfólio corporativo, Giseli reúne grandes empresas do mercado de escritórios, como a Infinity Officing Network (HQ Global Workplaces), para as quais criar projetos com ambientes personalizados, infraestrutura completa e espaços totalmente flexíveis.
Infinity Spaces Arquitetura e Interiores
Designer de Interiores Giseli Koraicho
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