Muito além de um simples apoio para os pés, o pufe tem já tem espaço cativo nos projetos de interiores. Com formatos variados, tecidos que acompanham a proposta do ambiente e funcionalidades múltiplas, ele se torna uma peça-chave para compor o layout e adicionar praticidade aos ambientes.
A arquiteta e designer de interiores Luciana Moreno, que assina o Banheiro Respiro na CASACOR São Paulo 2025, é entusiasta da peça e costuma incluí-la em seus projetos. “Indico os pufes principalmente por sua versatilidade. Eles permitem quebrar a linearidade do layout e se adaptam super bem a diferentes espaços, o que é um grande benefício”, explica.
No ambiente que apresenta na mostra, Luciana apostou em pequenos pufes na área de estar. Por se tratar de um espaço de passagem, os assentos individuais oferecem praticidade sem interferir na circulação, além de garantir privacidade aos visitantes que desfrutam um momento de descanso rápido.

A arquiteta também assina os pufes Bubi, criados especialmente para o projeto. Com design afetivo e sustentável, as peças foram produzidas com as formas inspiradas nas tatuagens das filhas de Luciana, o emprego de tecidos sustentáveis e bolas de tênis que seriam descartadas. Essa união entregou significado pessoal, conforto e propósito ambiental.
Um pufe, múltiplas funções
Além do apelo estético e de servirem como assento, os pufes têm ganhado novas funções no décor de interiores. Modelos que funcionam como mesa de apoio, lateral, de cabeceira ou baú contribuem para organizar e otimizar o espaço — uma solução eficaz, especialmente para ambientes compactos.

Para quem deseja apostar na peça, a arquiteta lembra que a escolha da forma e do tecido varia de acordo com o estilo do ambiente e a função desejada para o pufe. Os redondos são os mais recomendados pela profissional, tanto pela comodidade e por se adequarem mais facilmente a diversos ambientes. Os retangulares, por sua vez, são ideais para serem utilizados como apoio de pés em salas de TV.

Já no que se refere aos tecidos, a dica é optar pelos de simples manutenção e limpeza, sem deixar de lado o conforto e a resistência, especialmente para os ambientes de uso frequente. “Recomendo evitar materiais sintéticos como o courino, pois costumam ser menos confortáveis”, sugere a arquiteta e designer de interiores.
Para quem deseja renovar o décor sem grandes investimentos, reformar ou customizar um pufe antigo pode ser uma alternativa interessante. “É possível fazer adaptações com tecidos reaproveitados, costuras manuais ou técnicas como patchwork. O importante é ter criatividade e adaptá-lo à proposta do ambiente”, orienta Luciana.

Em resumo, cada peça é desenhada ou escolhida de acordo com as funções, dimensões e estilos de cada ambiente. Mas a versatilidade dos pufes é tamanha que eles se tornaram itens praticamente indispensáveis nos projetos contemporâneos.