Ao pensar em renovar a sala, o sofá quase sempre ocupa o topo da lista de desejos. Afinal, ele é o coração do ambiente e precisa unir beleza, conforto e durabilidade. Mas entre a empolgação da compra e as diversas opções que o mercado oferece, muitos acabam cometendo erros que comprometem o conforto e a harmonia da casa.
Seja por não medir o espaço corretamente, se encantar apenas com o visual ou não considerar o uso do dia a dia, esses deslizes são mais comuns do que se imagina. Por isso, antes de dar o próximo passo, vale a pena se atentar a detalhes que farão toda a diferença a longo prazo.
Espaço e proporção: o que quase ninguém calcula
Um dos erros mais frequentes na escolha do sofá está na proporção entre o móvel e o cômodo. “Muitas pessoas compram o sofá pensando apenas no design, mas esquecem que ele precisa se integrar bem ao ambiente. Medir o espaço e considerar a circulação são etapas fundamentais para que a sala não pareça apertada”, destaca a arquiteta Carol Cantelli.
Ao medir o cômodo, leve em consideração o vão livre para circulação e a distância até a TV, além da altura e profundidade do sofá. O conforto depende tanto da ergonomia quanto da proporção correta, por isso, nunca abra mão dessas medidas antes da compra.
Tecidos e acabamentos: além da beleza, a durabilidade
Outro erro que muitos cometem é focar apenas no visual da peça e ignorar o tipo de revestimento. Tecidos delicados podem ficar lindos no showroom, mas nem sempre são práticos no dia a dia.
“Se há pets, crianças pequenas ou muito uso, prefira tecidos resistentes e que sejam fáceis de limpar, como o linho sintético, o couro natural ou o suede. Eles duram mais e mantêm a aparência bonita por mais tempo”, afirma a designer de interiores Roberta Moura.
Além disso, preste atenção ao enchimento das almofadas e assentos. Espumas de alta densidade são mais confortáveis e não deformam com o uso frequente, garantindo que o sofá mantenha o formato original por muitos anos.
Ergonomia e conforto: o sofá precisa abraçar quem usa
De nada adianta um sofá deslumbrante que não proporciona aconchego. Um erro que muitos cometem é priorizar o estilo e esquecer que o móvel precisa sustentar a coluna, permitir que os pés toquem o chão e que o encosto esteja em altura confortável. Por isso, antes da compra, sempre que possível, sente-se e teste o sofá pessoalmente.
Aposte em modelos com profundidade entre 50 e 60 cm e encosto mais alto para quem gosta de relaxar assistindo filmes ou lendo. Braços mais largos oferecem maior apoio e, para quem tem menos espaço, sofás sem braço também podem ser uma solução moderna e funcional.
Cor e estilo: o tom que vai durar muito além da moda
As tendências mudam a cada estação, mas o sofá é um investimento a longo prazo. Optar por cores muito fortes ou estampas marcantes pode limitar a decoração e cansar o olhar com o passar do tempo. Por isso, a escolha da cor precisa estar em harmonia com o estilo da casa e as outras peças da sala.
Uma boa estratégia é investir em tons neutros como bege, cinza ou terracota, que são versáteis e nunca saem de moda. “Os tons mais clássicos permitem brincar com mantas e almofadas coloridas, que são muito mais fáceis e baratas de trocar quando o estilo mudar”, recomenda Carol Cantelli.
Como garantir que o sofá vai durar por muitos anos?
Além de todos os pontos estéticos e ergonômicos, a qualidade da estrutura e da espuma também merece atenção especial. Escolha sofás com estrutura em madeira maciça e com tratamento contra cupins e umidade. Espumas com densidade entre D28 e D35 oferecem maior conforto e resistência, mantendo o assento firme por muito mais tempo.
Outro detalhe que muitos esquecem são os pés do móvel. Neste caso, prefira opções que elevam o sofá do chão para facilitar a limpeza e evitar que a base entre em contato direto com a umidade.