Em meio à correria da rotina, a cafeteira elétrica se tornou uma aliada indispensável na cozinha brasileira. Ela entrega a praticidade que muitos desejam — seja no aroma do primeiro café da manhã, seja naquele estímulo pós-almoço. Mas, entre tantas opções no mercado, com design sofisticado, funções extras e promessas de desempenho, como saber qual modelo realmente vale a pena?
Antes de sair às compras, entender o que influencia na performance, durabilidade e experiência de uso da cafeteira é fundamental. Afinal, nem sempre a mais cara será a melhor para você — e nem sempre a mais simples atenderá suas expectativas. Assim como em outros eletrodomésticos, a decisão precisa considerar seu estilo de vida e a maneira como o café se encaixa nele.
Capacidade e frequência de uso
O tamanho do reservatório de água e a quantidade de xícaras que a cafeteira prepara de uma só vez estão entre os pontos mais relevantes. Se você mora sozinho ou toma pouco café por dia, modelos com capacidade reduzida, entre 250 ml a 600 ml, são suficientes e até mais econômicos em consumo de energia. Mas, em famílias maiores ou em lares onde o café corre solto, vale investir em máquinas que preparem mais de 1 litro de café, evitando refações ao longo do dia.

A arquiteta e especialista em design de cozinhas funcionais Patrícia Martinez explica que “mais do que o número de xícaras, o consumidor precisa refletir sobre a constância do preparo. Se a cafeteira for ligada cinco vezes ao dia, o modelo deve oferecer resistência térmica e durabilidade nos componentes elétricos”.
Filtro permanente ou de papel: praticidade vs. sabor
Um dos dilemas mais comuns é: usar filtro de papel ou filtro permanente? O filtro permanente, geralmente de nylon ou aço inox, é reutilizável e gera menos lixo, além de ser mais econômico a longo prazo. No entanto, sua trama costuma ser mais larga e pode permitir a passagem de finas partículas de pó, alterando um pouco a textura da bebida.
Já o filtro de papel absorve parte dos óleos do café, entregando um sabor mais suave e limpo. “O filtro de papel costuma agradar quem busca uma bebida mais leve, além de facilitar a limpeza. Mas é preciso somar o custo dos filtros ao longo do tempo”, explica o barista e consultor de equipamentos para café Felipe Braz de Oliveira, que atua na Escola do Café, em São Paulo.
Potência, tempo de preparo e economia de energia
A potência da cafeteira elétrica, expressa em watts (W), está diretamente ligada ao tempo de aquecimento da água e à velocidade do preparo. Modelos acima de 700W tendem a ser mais ágeis, mas consomem mais energia. Para uso pontual e doméstico, versões entre 550W e 700W costumam ser mais que suficientes.

Também vale conferir se o modelo possui função de desligamento automático, que além de segurança, evita desperdício de energia quando esquecemos o aparelho ligado. E, claro, fique atento ao selo Procel de eficiência energética, que aponta os aparelhos mais econômicos da categoria.
Limpeza e manutenção
Pouca gente considera a limpeza na hora da compra — mas é ela que define, muitas vezes, se a cafeteira será usada com frequência ou largada no armário. Priorize modelos com peças removíveis e de fácil lavagem, como porta-filtro e jarra. Alguns modelos já vêm com sistema de gotejamento que trava quando a jarra é retirada, o que evita sujeira na base.
A especialista Patrícia Martinez lembra que “cafeteiras que acumulam resíduos ou exigem desmontagem complexa acabam virando peças decorativas. Por isso, a limpeza deve ser parte do seu critério de escolha”.
Design e integração com o ambiente
Hoje, o design também importa — especialmente em cozinhas integradas, onde os eletros estão sempre à vista. Do visual retrô às linhas modernas em inox, as cafeteiras elétricas podem se transformar em peças que reforçam o estilo da cozinha.
Modelos mais robustos com acabamentos sofisticados também podem durar mais, graças a materiais mais resistentes ao calor e ao uso constante. E se você busca praticidade total, vale considerar modelos com jarra térmica, que mantém o café aquecido por horas sem a necessidade de aquecimento contínuo.
Vale mais a pena uma cafeteira simples ou uma multifuncional?
No mercado atual, há cafeteiras com timer, sistema corta-pingos, placas aquecedoras e até conexão smart. Mas é preciso avaliar se você realmente vai utilizar esses recursos. Para quem busca um café coado simples, rápido e gostoso, os modelos tradicionais continuam imbatíveis em custo-benefício.
Já para os apaixonados por café e interessados em testar sabores, moagens e diferentes intensidades, talvez valha considerar cafeteiras com moedor integrado ou controle de temperatura — mesmo que o investimento inicial seja maior.

Sou Cláudio P. Filla, formado em Comunicação Social e Mídias Sociais. Atuo como Redator e Curador de Conteúdo do Enfeite Decora. Com o apoio de uma equipe editorial de especialistas em arquitetura, design de interiores e paisagismo, me dedico a trazer as melhores inspirações e informações para transformar ambientes.
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