A busca por soluções sustentáveis na construção civil deixou de ser uma tendência e se tornou uma urgência global. Em meio a esse cenário, o Crea-MG promoveu o workshop “Certificações Verdes e CE-Carbon: Superando Obstáculos na Construção Sustentável”, que reuniu engenheiros, arquitetos e pesquisadores na sede da entidade, em Belo Horizonte, para discutir os rumos de um setor que precisa equilibrar eficiência, tecnologia e responsabilidade ambiental.
O evento, promovido pelo Grupo de Trabalho Tecnologias Ambientais e Ferramentas Verdes, teve como foco central o desafio de tornar as edificações mais eficientes e menos poluentes. A proposta foi abrir espaço para reflexões sobre as práticas que reduzem as emissões de carbono e para o debate sobre certificações ambientais como LEED, AQUA-HQE e EDGE, que hoje se consolidam como parâmetros de excelência para obras sustentáveis.
Engenharia e meio ambiente em sintonia
De acordo com Michel Sinclair, coordenador do grupo e conselheiro da Câmara Especializada de Engenharia Civil (CEEC), o encontro foi uma oportunidade de ampliar o diálogo entre teoria e prática. “Falamos sobre as novas tecnologias e o que há de mais avançado no país em edificações sustentáveis. Nosso objetivo é capacitar cada vez mais os profissionais do Sistema Confea/Crea”, destacou.
A presença de especialistas e representantes de instituições públicas e privadas deu força ao debate, evidenciando a necessidade de políticas mais eficazes de incentivo à sustentabilidade. Waldimir Teles Filho, diretor técnico e de fiscalização do Crea-MG, reforçou a relevância da pauta: “Esse é um encontro que coloca a engenharia mineira no centro de um debate essencial: construir um futuro mais sustentável”, afirmou.
Certificações verdes e o desafio da viabilidade
A implementação de certificações verdes ainda enfrenta barreiras no país, especialmente pela falta de conhecimento técnico e pelos custos associados aos processos. No entanto, o workshop mostrou que o cenário vem mudando rapidamente. Com novas ferramentas de mensuração e programas como o CE-Carbon, torna-se possível avaliar o impacto ambiental das edificações com mais precisão, ampliando o alcance das práticas sustentáveis.
O encontro também enfatizou a importância de se repensar o ciclo de vida das construções — da escolha dos materiais à operação dos edifícios. A ideia de “construir menos e melhor” ganha força, incentivando o uso racional dos recursos naturais e a adoção de tecnologias de baixo impacto.
Um futuro guiado pela consciência e pela inovação
Segundo o engenheiro civil Luís Roberto, participante do evento, a troca de experiências foi um dos pontos altos do workshop. “É muito importante falar sobre a construção sustentável. O evento nos traz uma grande parcela de conhecimento, troca de experiências e muita informação para capacitar nossos profissionais da construção civil”, avaliou.
Ao final, ficou clara a mensagem de que a sustentabilidade na construção não se resume a tendências de mercado, mas a uma transformação estrutural no modo como projetamos, construímos e habitamos. Ao promover espaços de diálogo e capacitação como esse, o Crea-MG reafirma o papel da engenharia como protagonista na construção de cidades mais inteligentes, humanas e ambientalmente equilibradas — um futuro que começa com cada projeto bem planejado e cada profissional comprometido com o planeta.
 




