O colchão é um dos itens mais importantes da casa, garantindo noites bem dormidas e conforto diário. No entanto, poucas pessoas se atentam à sua manutenção adequada, permitindo o acúmulo de sujeira, umidade e, consequentemente, o surgimento de mofo.
Esse problema, além de comprometer a durabilidade do colchão, também pode trazer sérios riscos à saúde, como alergias, problemas respiratórios e infecções. Mas afinal, o que causa o mofo e como evitá-lo?
Por que o mofo aparece no colchão?
O mofo se forma principalmente devido à umidade excessiva e à falta de circulação de ar. Muitas vezes, mesmo sem contato direto com água, o colchão pode absorver suor, vapor e outras fontes de umidade do ambiente. Segundo a especialista em higiene domiciliar, Clara Montenegro, “a falta de ventilação e a presença de materiais que retêm umidade facilitam a proliferação de fungos, levando ao aparecimento do mofo”.
Outro fator de risco é o contato direto do colchão com o chão, o que impede a circulação de ar por baixo do estofado, favorecendo a umidade. Além disso, a ausência de luz solar nos quartos também contribui para um ambiente propício ao desenvolvimento de fungos.
Os perigos do mofo e de outros micro-organismos
Não é apenas o mofo que pode se alojar no colchão. Estudos indicam que um colchão mal higienizado pode conter milhões de bactérias e ácaros, que se alimentam de células mortas da pele e se proliferam em ambientes quentes e úmidos.
De acordo com o biomédico Fernando Vasconcellos, “os ácaros estão entre os principais causadores de alergias e problemas respiratórios, como rinite e asma, tornando a higienização do colchão essencial para a saúde”.
Como evitar o mofo e manter o colchão livre de impurezas
Para evitar a proliferação do mofo, é fundamental manter o ambiente sempre bem ventilado. Abrir janelas diariamente, permitindo a entrada de luz solar e a circulação de ar, é um dos primeiros passos para reduzir a umidade do quarto. Em regiões mais úmidas, o uso de desumidificadores pode ser uma solução eficiente para equilibrar os níveis de umidade no ambiente.
A proteção do colchão também é indispensável. O uso de capas impermeáveis e respiráveis impede que o suor e outros líquidos penetrem na espuma, prolongando a vida útil do colchão. “Ao escolher um protetor de colchão, opte por materiais que permitam a respiração do tecido, evitando o acúmulo de umidade interna”, orienta Clara Montenegro.
Outro cuidado essencial é evitar encostar o colchão diretamente no chão. Sempre que possível, utilize uma estrutura elevada que permita a passagem de ar por baixo do estofado. Fernando Vasconcellos também recomenda virar o colchão regularmente, “para evitar o acúmulo de umidade em apenas um lado, garantindo uma ventilação uniforme”.
A troca regular da roupa de cama também é um hábito essencial. Lençóis, fronhas e cobertores devem ser lavados semanalmente, preferencialmente com água quente, para eliminar ácaros e bactérias acumuladas.
Como higienizar o colchão corretamente?
Se o mofo já apareceu, é necessário agir rápido para evitar danos estruturais ao colchão e riscos à saúde. O primeiro passo é levá-lo a um ambiente bem ventilado, evitando o contato do mofo com outras superfícies da casa. Para higienização, uma solução de vinagre branco e água em partes iguais pode ser aplicada na área afetada, aguardando algumas horas para a ação antimicrobiana do vinagre.
Em seguida, recomenda-se polvilhar bicarbonato de sódio sobre o colchão, ajudando a absorver a umidade remanescente e neutralizar odores. Após algumas horas, o excesso deve ser removido com um aspirador de pó. “O bicarbonato é um aliado poderoso na limpeza do colchão, pois auxilia na desinfecção e na eliminação de maus odores”, destaca Clara Montenegro. Já para colchões muito comprometidos pelo mofo, o ideal é buscar serviços profissionais de higienização, garantindo uma limpeza profunda e segura.
