Minha Casa, Minha Vida agora atende famílias com renda de até R$ 12 mil

Nova faixa do programa habitacional amplia o acesso ao financiamento da casa própria com condições especiais e taxas de juros reduzidas

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Com a meta de ampliar o acesso à moradia e atender a um público que antes ficava de fora dos grandes programas habitacionais, o Minha Casa, Minha Vida passa a contar com uma nova faixa voltada às famílias com renda de até R$ 12 mil. A medida, já em vigor, promete mudar o cenário do crédito imobiliário para a classe média brasileira e impactar diretamente o setor da construção civil.

A iniciativa, chamada de Minha Casa, Minha Vida Classe Média, autoriza a contratação de financiamento habitacional para imóveis de até R$ 500 mil, com juros anuais de 10,5% — percentual abaixo das taxas praticadas hoje por muitos bancos. Além disso, os prazos são generosos: até 420 meses para pagar, o equivalente a 35 anos.

Com essa nova configuração, o programa — que já beneficiava famílias de baixa renda — se torna uma ferramenta mais abrangente, permitindo que um número maior de brasileiros alcance o sonho da casa própria. Estima-se que 120 mil famílias sejam atendidas ainda em 2025, segundo projeções da Caixa Econômica Federal, que opera o financiamento em parceria com o Governo Federal.

Outro ponto de destaque é a flexibilidade nas cotas de financiamento. Para imóveis novos, o percentual financiado pode chegar a 80% do valor total, independentemente da localização. Já no caso de imóveis usados, a cota é de 60% para as regiões Sul e Sudeste, e também de 80% para as demais regiões do país, favorecendo especialmente o Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o déficit habitacional costuma ser maior.

A expansão da linha de crédito traz ainda uma injeção significativa de recursos no setor imobiliário. Serão R$ 30 bilhões mobilizados por meio de fontes como FGTS, cadernetas de poupança, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e verbas do Fundo Social do Pré-Sal. Com esse aporte, a expectativa é não apenas facilitar o acesso à moradia, mas também aumentar a geração de empregos no setor da construção civil e estimular a economia em diferentes regiões do país.

Na prática, a nova faixa do Minha Casa, Minha Vida não apenas amplia as possibilidades de financiamento, como também sinaliza uma virada importante na política habitacional brasileira, ao reconhecer que o acesso à moradia digna deve se estender também à classe média — muitas vezes excluída dos programas por ultrapassar as faixas de renda tradicionais, mas ainda com dificuldades para financiar um imóvel sem comprometer o orçamento familiar.

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