Manta asfáltica: o segredo para um telhado sem goteira e com proteção duradoura

Com as dicas certas, você protege sua casa da umidade e evita dores de cabeça com infiltrações silenciosas.

Manta asfáltica: o segredo para um telhado sem goteira e com proteção duradoura

A infiltração é um dos problemas mais silenciosos — e destrutivos — que podem comprometer a estrutura de uma casa. Goteiras no teto, manchas nas paredes, mofo e até enfraquecimento da laje são sinais claros de que a impermeabilização falhou. E é justamente aí que a manta asfáltica ganha protagonismo como uma das soluções mais eficazes para proteger o telhado da umidade e prolongar a vida útil da cobertura.

Mas nem toda manta serve para todo tipo de cobertura, e entender qual modelo escolher faz toda a diferença no resultado final. Com as diversas opções disponíveis no mercado, conhecer as características técnicas e os materiais mais indicados para cada situação é o primeiro passo para garantir um telhado sem goteira, mesmo em regiões de chuvas intensas.

A importância da impermeabilização desde a obra

A escolha da manta asfáltica deve começar ainda no projeto da cobertura. Segundo o engenheiro civil e especialista em vedação estrutural Ricardo Figueiredo, a impermeabilização é um dos itens mais negligenciados na construção residencial, quando na verdade deveria ser tratada como parte essencial da estrutura. “Muitas pessoas preferem economizar nessa etapa, mas corrigir os danos causados pela infiltração sai muito mais caro do que fazer a proteção correta desde o início”, alerta o profissional.

Além do fator financeiro, a infiltração compromete o conforto térmico e a segurança do imóvel. Telhados mal impermeabilizados acumulam umidade nas estruturas de madeira, metálicas ou de concreto, favorecendo a proliferação de fungos, bactérias e até a oxidação de ferragens, o que pode causar prejuízos irreversíveis.

Tipos de manta asfáltica e como escolher a ideal

Entre as mantas mais usadas para impermeabilização de telhado, destacam-se três tipos principais: com acabamento de alumínio, com filme plástico (PEAD) e com proteção de ardósia. Cada uma delas possui aplicação ideal e vantagens específicas.

Imagem: Telhascia

As mantas aluminizadas, por exemplo, são excelentes para telhados expostos, pois refletem os raios solares e ajudam a reduzir a temperatura interna da residência. Já as mantas com filme plástico são mais indicadas para lajes que receberão outro tipo de acabamento, como contrapiso ou cerâmica. Há ainda as mantas com acabamento mineral, como a de ardósia, bastante usadas em telhados inclinados ou coberturas aparentes, pois além da proteção, oferecem um acabamento mais resistente à ação do tempo.

De acordo com a arquiteta e consultora técnica Thais Guimarães, o ideal é sempre analisar o tipo de telhado antes de definir o modelo. “Em coberturas com inclinação acentuada, o uso de mantas com maior aderência é essencial para evitar deslocamentos com o tempo. Já em lajes planas, o mais importante é garantir a estanqueidade e a sobreposição correta das emendas”, explica.

Aplicação correta garante eficiência

Escolher a manta correta é apenas parte do processo. Para que a impermeabilização seja realmente eficaz, a aplicação precisa seguir critérios técnicos específicos. A superfície deve estar completamente limpa, livre de partículas soltas, seca e nivelada. A instalação normalmente é feita com uso de maçarico, que aquece a base da manta e permite sua aderência ao substrato.

As sobreposições entre faixas da manta devem seguir o padrão mínimo de 10 centímetros, e os arremates — especialmente nos ralos, cantos e em torno de chaminés — exigem atenção redobrada, pois são pontos críticos para o surgimento de infiltrações futuras.

Além disso, é recomendável que a aplicação seja feita por mão de obra especializada. A impermeabilização com manta asfáltica pode parecer simples, mas erros pequenos, como uma bolha mal aderida ou uma emenda desalinhada, podem comprometer todo o sistema. “É como costurar uma roupa sob medida: se você errar um ponto, a peça toda perde o caimento”, compara Thais.

Manutenção preventiva evita prejuízos futuros

Mesmo com a manta certa e uma aplicação perfeita, é importante realizar inspeções periódicas, especialmente antes do início do período de chuvas. Telhados com acúmulo de folhas, objetos ou sujeiras podem reter água e comprometer a durabilidade da manta.

Em lajes expostas, o ideal é fazer a limpeza ao menos duas vezes ao ano, removendo resíduos e observando possíveis sinais de desgaste, como fissuras, descolamentos ou bolhas na superfície. Pequenos reparos feitos no tempo certo evitam grandes reformas no futuro.

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