Durante décadas, o Sol Nascente, em Ceilândia, foi sinônimo de precariedade urbana, marcado pela falta de infraestrutura básica e por um crescimento desordenado. Hoje, no entanto, quem caminha por suas ruas percebe que a paisagem vem se transformando rapidamente. As obras tocadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) imprimem uma nova identidade à região: mais pavimentada, mais segura e com equipamentos públicos que antes pareciam distantes da realidade local.
Desde 2019, a administração distrital tem direcionado um dos maiores volumes de investimento da história da região — cerca de R$ 630 milhões — para obras de drenagem, pavimentação e urbanização. A meta é clara: consolidar o Sol Nascente como uma verdadeira cidade, com infraestrutura completa e serviços públicos acessíveis.
Drenagem eficiente e pavimentação por toda a cidade
O avanço das obras é visível nos três trechos que compõem o território. Nos condomínios Madureira (Trecho 1) e Gênesis (Trecho 3), por exemplo, a pavimentação com blocos intertravados está na reta final. Essa tecnologia oferece mais durabilidade e facilita futuras manutenções.
Além disso, mais de 16 quilômetros de redes de drenagem foram instalados com modernas galerias pré-moldadas. As doze lagoas de detenção já concluídas também reforçam a capacidade da região de enfrentar os períodos chuvosos sem alagamentos, problema que por anos assolou os moradores.
Segundo o governador Ibaneis Rocha, as intervenções representam mais do que obras físicas: são uma forma de restaurar a dignidade da população. “O Sol Nascente de hoje é outro. Até dezembro, todas as obras de infraestrutura estarão concluídas. Estamos virando a página de um passado marcado pela exclusão urbana”, declarou.
Infraestrutura urbana como base para cidadania
O Sol Nascente tem hoje cerca de 90 quilômetros de ruas asfaltadas, o que mudou completamente a dinâmica da mobilidade local. Trechos antes de difícil acesso passaram a ter circulação fluida. Entre os destaques estão a ponte que une os Trechos 1 e 2, a pavimentação da Avenida Principal da Chácara 2 e a duplicação da via que liga o Setor QNQ, em Ceilândia, ao Trecho 3 da cidade.
As melhorias também contemplam calçadas novas, bocas de lobo e meios-fios, permitindo um sistema urbano mais seguro e acessível. O administrador da região, Claudio Ferreira, destaca que as mudanças vão além da engenharia: “Estamos recebendo uma estrutura que por anos foi negada à população. É uma transformação social que atinge desde a mobilidade até a autoestima dos moradores”.
Equipamentos públicos mudam o dia a dia dos moradores
As obras de urbanização também vieram acompanhadas da instalação de importantes equipamentos sociais. O Centro de Referência da Mulher Brasileira, uma nova escola pública, duas creches, um restaurante comunitário e até uma nova rodoviária foram entregues à comunidade. Além disso, está em construção uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de porte 3, o que deve ampliar o acesso à saúde para a população local.
A cidade receberá ainda um campus do Instituto Federal de Brasília (IFB) e a nova sede da administração regional. Para quem mora ali há décadas, como o líder comunitário Edson Batista, as mudanças são quase inacreditáveis: “O que temos hoje é um sonho realizado. As pessoas passaram a se enxergar como cidadãs, com direito a viver bem”.
Urbanização alcança até os pontos mais esquecidos
A transformação não ficou restrita às avenidas principais. A urbanização chegou também a condomínios e chácaras antes negligenciados, como Pedra Verde, Santa Rosa, Vencedor, Acácias, Cachoeirinha e Virgem da Vitória, além de locais como a Chácara 115, que abriga os condomínios A, B, C, D e E, e outras comunidades da Rua 6.
As vias do Trem Bão, os acessos à Feira do Produtor de Ceilândia e à Escola Classe Córrego das Corujas também foram contemplados com drenagem e pavimentação, assegurando que a mobilidade e a infraestrutura cheguem aos cantos mais distantes.
Progresso avançado nos três trechos
Atualmente, as frentes de trabalho estão distribuídas nos três trechos da região. O Trecho 1 já concluiu 95% das obras, com foco no condomínio Novo Horizonte. O Trecho 2, com 98% executado, concentra os últimos ajustes em calçadas e drenagem. Já no Trecho 3, o destaque é a pavimentação do condomínio Gênesis e das vias próximas à Escola Classe Córrego das Corujas. A estimativa do governo é que todos os serviços estejam finalizados até o final de 2025.
Com a conclusão dessas obras, o Sol Nascente deixa de ser apenas um conjunto habitacional emergente e se consolida como uma nova centralidade urbana no Distrito Federal, com infraestrutura, serviços e cidadania plenamente reconhecidos.





