Resumo
• A exposição “É Pau, é Pedra…” chega a Brasília em 26 de novembro, transformando a capital no novo centro das artes plásticas do país.
• A mostra gratuita homenageia Sergio Camargo, um dos escultores mais importantes do modernismo brasileiro.
• Realizada no Foyer da Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional, a exposição apresenta o diálogo entre forma, luz e poesia visual.
• As obras revelam o equilíbrio entre rigor geométrico e sensibilidade artística, marca do estilo de Camargo.
• O evento reafirma o papel do Metrópoles em valorizar a cultura nacional e aproximar o público da arte contemporânea.
Brasília está prestes a viver um dos momentos mais expressivos de sua cena cultural contemporânea. A partir de 26 de novembro, a cidade se tornará o epicentro das artes plásticas brasileiras com a abertura da mostra “É Pau, é Pedra…”, uma homenagem inédita a Sergio Camargo, um dos nomes mais importantes da escultura moderna no país.
Promovida pelo Metrópoles, a exposição gratuita ocupa o Foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional, espaço revitalizado recentemente e que volta a pulsar como símbolo da arte e da cultura do Distrito Federal. A curadoria convida o público a mergulhar no universo sensível e geométrico de um artista que redefiniu a linguagem da escultura ao unir rigor construtivo e poesia visual.
O diálogo entre modernidade e tradição
Falecido em 1990, Sergio Camargo é reconhecido como um dos criadores mais originais da vertente construtiva brasileira. Sua obra, marcada pela manipulação de formas simples como cilindros, cubos e retângulos, transcende o concreto para revelar um discurso poético sobre luz, sombra e movimento.
Com presença em galerias de Nova York, Londres e Paris, Camargo consolidou-se como um artista universal, capaz de transformar o bruto em sublime. A exposição em Brasília retoma essa essência: é uma imersão em sua mente criativa, revelando o modo como o escultor explorava os limites entre modernidade e tradição, equilíbrio e instinto, razão e emoção.
Mais do que uma retrospectiva, “É Pau, é Pedra…” é uma viagem pelos processos que moldaram seu pensamento artístico — do diálogo com a natureza à busca por formas que evocam o tempo e a permanência.
O local escolhido para a mostra é, por si só, um marco arquitetônico. O Foyer da Sala Villa-Lobos, parte do Teatro Nacional Cláudio Santoro, carrega a aura simbólica de Brasília e a grandiosidade do modernismo brasileiro. Revitalizado recentemente para sediar o Metrópoles Catwalk, o espaço agora acolhe a escultura de Camargo em uma montagem que promete surpreender pela ambientação e pela integração com a luz natural do ambiente.
A mostra permanecerá aberta ao público até 25 de fevereiro, oferecendo aos visitantes a oportunidade de experimentar um encontro entre arte, arquitetura e história — uma celebração do olhar, da forma e do gesto.
Um legado que ultrapassa fronteiras
Ao longo de sua carreira, Sergio Camargo apresentou suas obras em instituições de prestígio internacional, entre elas o Museu de Belas Artes de Caracas, o Banco do Brasil em Nova York, o Parque de Esculturas de Medellín e o Musée des Sables, na França. No Brasil, seu trabalho marcou espaços icônicos, como o Ministério das Relações Exteriores, em Brasília, e o Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro.
Sua produção atravessa gerações e influenciou artistas contemporâneos que ainda encontram em suas composições uma referência de equilíbrio geométrico e sensibilidade estética.

Entre as muitas honrarias que recebeu, destacam-se o Prêmio Internacional de Escultura na III Biennale de Paris (1963), o Prêmio Nacional de Escultura na VIII Bienal de São Paulo (1965) e o Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) em diversas edições, incluindo o de Melhor Retrospectiva do Ano, em 1980. Essas conquistas consolidaram seu nome entre os grandes mestres da escultura mundial.
A capital como palco da arte
Com a exposição “É Pau, é Pedra…”, o Metrópoles reafirma seu compromisso em promover a cultura nacional. Depois de transformar Brasília no centro da moda com o Metrópoles Catwalk, a plataforma agora faz da cidade a capital das artes plásticas — um espaço de convergência entre o passado e o presente da produção artística brasileira.
A mostra gratuita é mais do que um evento: é uma celebração da criatividade, da memória e do legado de Sergio Camargo, artista cuja obra continua a inspirar o olhar contemporâneo sobre a forma, o espaço e o tempo.





