Em muitas cozinhas, a esponja parece apenas um detalhe trivial do dia a dia. Entretanto, esse pequeno utensílio esconde um universo de micro-organismos que podem colocar a saúde da sua família em risco. Apesar da aparência inofensiva, a esponja da pia é um dos objetos mais contaminados da casa, acumulando restos de alimentos, umidade e sujeira que criam o habitat perfeito para a proliferação de bactérias.
Por isso, saber quando e por que trocar a esponja, além de como desinfetá-la, armazená-la e escolher o tipo de esponja correto, faz toda a diferença para evitar a contaminação cruzada e garantir uma cozinha mais limpa e saudável.
Por que a esponja da cozinha precisa ser trocada regularmente?
A troca da esponja da cozinha vai muito além de apenas evitar mau cheiro. Com o passar do tempo e do uso frequente, as fibras acumulam bactérias, fungos e até vírus que podem sobreviver ali por dias. Segundo estudos da Universidade do Arizona, uma esponja usada pode conter até 10 milhões de germes por centímetro quadrado — isso significa que o utensílio que deveria ajudar a limpar, na verdade, pode estar espalhando microrganismos perigosos.

A microbiologista Helena Garcia, da Universidade Federal de Viçosa, alerta que “a esponja úmida e cheia de restos alimentares vira um criadouro. Por isso, a recomendação é que a esponja da pia seja trocada, em média, a cada sete dias para evitar a proliferação de bactérias.”
Quando jogar fora a esponja e os sinais que indicam o fim da sua vida útil
Além da periodicidade semanal, existem sinais claros que indicam que é hora de jogar fora a esponja. Quando a esponja começa a esfarelar, perde a textura abrasiva, fica com manchas escuras ou desenvolve um cheiro forte e desagradável, significa que a carga microbiana já está muito alta. Nesse estágio, apenas desinfetar a esponja já não basta — o ideal é descartá-la e substituí-la por uma nova.
Como reforça o infectologista Marco Aurélio Silveira: “Manter a esponja além da sua vida útil aumenta o risco de contaminação, especialmente em casas com idosos ou crianças. Ficar atento a essas mudanças visíveis é fundamental.”
Como desinfetar esponja e reduzir o acúmulo de germes entre uma troca e outra
Entre uma troca e outra, vale investir em técnicas simples para desinfetar a esponja e reduzir o acúmulo de germes. Você pode:
- Levá-la ao micro-ondas molhada por 1 minuto em potência alta.
- Mergulhá-la em solução diluída de água sanitária por 10 minutos.
- Fervê-la por 5 minutos.
Essas medidas são paliativas e ajudam a mantê-la mais limpa entre as trocas, mas nunca eliminam a necessidade da substituição regular. Também é indispensável armazenar a esponja em um suporte que permita o escoamento da água e a ventilação completa. Manter a esponja sempre encharcada em recipientes fechados facilita o acúmulo de germes e odores, comprometendo a higiene da cozinha.
Tipo de esponja: como escolher o modelo certo para cada necessidade

O tipo de esponja que você escolhe também faz toda a diferença na higiene e durabilidade. Hoje, há diversas opções que facilitam a rotina e são mais higiênicas:
- Esponjas tradicionais com dupla face: oferecem um lado macio para superfícies delicadas e outro mais áspero para sujeiras difíceis.
- Esponjas de fibra vegetal: mais sustentáveis, essas esponjas são menos propensas a reter resíduos e duram mais quando bem cuidadas.
- Esponjas de silicone: duráveis e fáceis de lavar, são ideais para quem busca uma opção prática e livre de odores.
Além disso, manter esponjas diferentes para cada uso — uma para a pia, outra para superfícies e outra para louças — evita a contaminação cruzada e melhora a higiene da cozinha.