Resumo
• A nova coleção de Roberta Banqueri nasce da união entre sua herança italiana e a liberdade estética brasileira, criando móveis que mesclam rigor, afeto e contemporaneidade.
• Desde a infância, a designer percebe o mobiliário como linguagem, observando proporções, gestos e narrativas que mais tarde influenciariam sua formação profissional.
• As peças traduzem emoções íntimas em formas equilibradas, combinando a elegância do design italiano com a leveza e o movimento característicos do Brasil.
• Roberta relata o desafio de transformar uma identidade familiar ítalo-brasileira em objetos funcionais, universais e ao mesmo tempo profundamente autorais.
• A coleção, disponível na Piú Mobile, reflete detalhes precisos e sensoriais que aproximam o usuário de uma experiência estética marcada por história, memória e sofisticação.
Há coleções que nascem de pesquisas. Outras, de experimentações formais. A nova série de móveis de Roberta Banqueri, porém, nasce de um território mais profundo: o da memória. A designer paulistana, formada em Arquitetura e Urbanismo, transforma sua herança italiana em ponto de partida para um diálogo sofisticado com o Brasil — um encontro entre rigor e liberdade, tradição e afetividade, precisão e calor.
O resultado é um conjunto de peças que não tenta apenas ocupar um espaço, mas sim criar atmosfera, convidando o olhar a percorrer superfícies, curvas, texturas e proporções como quem revisita lembranças familiares. Há uma dramaturgia silenciosa ali, construída pela forma como a designer articula referências europeias e gestos brasileiros em um mesmo objeto.
A origem de uma paixão que antecede a profissão
Roberta não descobriu o design na universidade. Ele a acompanhava desde a infância, quando mobiliário, em vez de ser visto como objetos estáticos, ganhava para ela vida própria.
“Eu observava móveis como quem observa pessoas: entendendo proporção, corpo, ergonomia, gesto. Descobri que o design é uma linguagem capaz de contar histórias; e isso me capturou completamente”, afirma.
Esse olhar atento — quase antropológico — se tornaria a base de sua formação na Faculdade Bandeirantes, em São Paulo. Ali, a designer lapidou tecnicamente aquilo que, desde pequena, já intuía: que cada peça carrega intenções, sutilezas e origens culturais que vão muito além da função.
A coleção como tradução de identidades afetivas
O desafio de transformar uma herança ítalo‑brasileira em móveis contemporâneos não foi simples, e Roberta faz questão de enfatizar isso.
“Foi difícil transformar uma identidade tão íntima ítalo‑brasileira, afetiva, familiar, em uma coleção que fosse ao mesmo tempo autoral, contemporânea e universal. Traduzir em peças funcionais, com formas equilibradas, que remetesse à qualidade das execuções dos móveis italianos e à leveza do gingado do Brasil”, explica.
Essa fricção entre técnica e sensibilidade aparece claramente nas peças: curvas inspiradas no mobiliário moderno italiano são suavizadas por texturas e movimentos que ecoam a espontaneidade brasileira. É como se cada item carregasse um pedaço da elegância europeia emoldurado pela vibração tropical.
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Detalhes que contam histórias sem palavras
A precisão com que Roberta trabalha volumes e proporções revela uma profissional que enxerga o detalhe não como ornamento, mas como a verdadeira alma do objeto. A coleção assume esse olhar sensorial, aproximando o usuário da peça pela forma como ela se move, se assenta e ocupa o ambiente.
O mobiliário é pensado como símbolo de encontro: entre culturas, entre tempos, entre a memória e o presente. As superfícies limpas remetem à identidade racional do design italiano, enquanto os gestos mais soltos evocam a leveza, o calor e o caráter lúdico da estética brasileira.
Onde encontrar as peças
Os produtos estão disponíveis em lojas selecionadas da Piú Mobile, com valores sob consulta. Mais do que objetos funcionais, cada peça nasce como extensão das histórias que moldaram a trajetória da designer — e essa camada emocional torna a coleção ainda mais especial.





