A estética moderna na decoração não se resume a um estilo visual. Ela nasce de um modo de viver: leve, fluido, funcional. Um décor moderno é aquele que traduz a contemporaneidade com naturalidade, conforto e elegância — sem precisar seguir modismos ou fórmulas prontas. O moderno hoje é acolhedor, silencioso, cheio de texturas e soluções integradas que favorecem o cotidiano e refletem a identidade do morador.
Com base em projetos recentes assinados por nomes como Ana Rozenblit, Cristiane Schiavoni e Bruno Moraes, é possível identificar os principais recursos que conferem esse ar contemporâneo a casas e apartamentos. Os materiais escolhidos, o desenho do mobiliário e os detalhes de execução fazem toda a diferença.
Texturas verticais: o charme do efeito ripado
Um dos elementos mais emblemáticos da linguagem moderna é o painel ripado, especialmente em madeira natural ou tonalidades claras. Sua presença cria ritmo visual, sensação de aconchego e ainda resolve questões práticas, como esconder portas ou cabos aparentes. Em muitos casos, ele se estende pelas paredes e até pelo forro, criando uma sensação de continuidade que abraça o ambiente.

Foi esse o recurso adotado pela arquiteta Elisa Maretti na reforma de um apartamento, onde o efeito de pórtico com ripas envolveu desde o hall até o teto da sala de jantar.

“A textura da madeira traz calor e profundidade sem pesar visualmente”, explica. Já no projeto assinado por Bruno Moraes, o painel ripado mimetiza as portas da área íntima, unificando esteticamente a parede da TV com o restante do espaço.
Espelhos orgânicos: leveza com personalidade
Em um mundo onde os traços retos dominaram por tanto tempo, as formas orgânicas surgem como um respiro visual. Os espelhos com bordas curvas são símbolos dessa mudança: eles criam dinamismo, refletem a luz de forma mais suave e quebram a rigidez de paredes muito lineares. Além disso, funcionam como esculturas, quase como obras de arte funcionais.

Para a arquiteta Ana Rozenblit, os espelhos orgânicos são uma escolha certeira em espaços integrados. Em um de seus projetos, a peça foi instalada sobre o painel ripado da sala de TV, ampliando o ambiente com elegância. “A fluidez das formas gera acolhimento e adiciona movimento”, explica.

Já em dois projetos da arquiteta Cristiane Schiavoni, o recurso foi usado de maneiras diferentes: em um hall de entrada e em um lavabo com inspiração natural. Em ambos os casos, o espelho funcionou como ponto focal, reforçando o caráter artístico da composição.
Serralheria: entre o urbano e o sofisticado
Antes restrita a áreas externas e estruturas brutas, a serralheria preta ou em tons escuros passou a ocupar lugar de destaque dentro de casa. Com sua estética minimalista e resistente, ela aparece em estantes, divisórias, móveis sob medida e até suportes decorativos. Sua combinação com madeira e vidro cria contrastes interessantes, reforçando o ar contemporâneo.

No apartamento de uma estudante de medicina, Cristiane Schiavoni incorporou a serralheria na estante de livros ao lado da bancada de estudos.
“O material traz leveza estrutural mesmo quando precisa sustentar peças pesadas”, pontua. Em outra proposta, o arquiteto Bruno Moraes usou a estrutura metálica para emoldurar a TV na sala, aproximando o décor do estilo industrial de maneira sutil.

A arquiteta Rosangela Pena, por sua vez, aplicou a serralheria para compor uma adega sob medida na escada de uma cobertura. A ideia foi valorizar cada centímetro do ambiente com soluções inteligentes e visuais.
Portas mimetizadas: elegância na simplicidade
Poucos elementos traduzem tão bem o espírito do minimalismo moderno quanto as portas invisíveis. Executadas com o mesmo acabamento da parede ou da marcenaria, elas desaparecem aos olhos e promovem uma sensação de continuidade, limpeza visual e integração.

No dormitório de um apartamento projetado por Bruno Moraes, a porta mimetizada com acabamento espelhado se disfarça entre os armários planejados.
“A proposta é evitar interrupções visuais e manter o foco nas formas e texturas”, detalha o arquiteto. O resultado é um quarto mais fluido e elegante, com menos poluição visual.
Balanços e móveis suspensos: convite ao relaxamento
O que era brincadeira na infância, hoje se tornou símbolo de leveza no design. O balanço suspenso virou queridinho dos projetos de interiores modernos, seja na varanda, na sala ou até no quarto. Além do apelo emocional, o móvel traz descontração e bem-estar — desde que sua instalação respeite os limites estruturais da laje.

Para a arquiteta Ana Rozenblit, o balanço é um convite ao descanso. Em um projeto na varanda, a peça foi suspensa próxima ao vidro, com vista para o exterior.
“É como se o tempo parasse ali”, observa. Já no apartamento de praia decorado por Cristiane Schiavoni, o balanço se integrou com naturalidade à sala de TV, ajudando a reforçar a atmosfera despojada e leve do litoral.
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