Resumo
• A Copel reforça a importância de cuidados na instalação de luzes natalinas, destacando riscos elétricos comuns no fim de ano.
• Helio Fernandes orienta sobre a escolha de produtos certificados e adequados para uso interno ou externo.
• O especialista alerta para sobrecargas, fiações antigas e necessidade de revisar luminárias guardadas de anos anteriores.
• Instalar enfeites próximos à rede elétrica exige atenção redobrada, especialmente em locais elevados ou áreas externas.
• Projetos em vias públicas devem ter ART e seguir normas técnicas; em emergências, o atendimento da Copel é feito pelo 0800 51 00 116.
A chegada de dezembro reacende o encantamento das luzes nas janelas, árvores e fachadas que transformam as cidades em cenários luminosos. Porém, por trás desse brilho festivo, há um ponto crucial que muitas vezes passa despercebido: a segurança.
À medida que famílias e comércios começam a preparar a decoração natalina, a Copel faz um alerta indispensável sobre os cuidados necessários para evitar acidentes envolvendo energia elétrica, especialmente em um período marcado por instalações improvisadas e grande circulação de pessoas.
O primeiro passo para uma decoração segura: escolher produtos confiáveis
De acordo com Helio Fernandes de Carvalho Macedo Filho, gerente executivo de Segurança do Trabalho da Copel, o cuidado começa antes mesmo de ligar o pisca-pisca. Para ele, a escolha dos enfeites é determinante para a segurança da instalação. O especialista reforça que é essencial verificar certificações, padrões de qualidade e compatibilidade elétrica dos produtos.

“É importante que as pessoas tenham atenção desde o momento da aquisição de luminárias e enfeites natalinos, observando os dados que estão no rótulo do produto, porque isso pode impactar na segurança depois da instalação. São recomendados produtos certificados, testados e de origem reconhecida”, destaca.
Além disso, pesquisas recentes em portais brasileiros sobre consumo e segurança elétrica mostram que boa parte dos acidentes de fim de ano ocorre por causa de produtos de baixa procedência, que não suportam a carga necessária ou não têm isolamento adequado para o clima úmido típico do Paraná.
Planejamento evita sobrecargas e curtos-circuitos
Embora muitos considerem a decoração uma tarefa simples, Helio lembra que o planejamento é indispensável para evitar riscos tanto dentro quanto fora de casa. Ele explica que é fundamental observar se o produto foi projetado para uso interno ou externo, já que equipamentos expostos ao sol e à chuva podem sofrer ressecamento e causar curtos.
“O planejamento da decoração é necessário, porque há vários fatores de risco envolvidos. É preciso verificar nas embalagens se as luminárias são projetadas para uso interno ou externo, porque uma instalação exposta ao tempo pode ressecar pelos efeitos do sol e da chuva e gerar curtos”, alerta o especialista.
Em pesquisas recentes feitas em sites de engenharia e segurança, nota-se que sobrecargas em tomadas continuam sendo uma das principais causas de incêndios domésticos. Por isso, o uso prolongado de lâmpadas, principalmente em ambientes fechados, precisa ser monitorado para evitar superaquecimento.
Reutilizar decorações antigas requer atenção redobrada
Muitas famílias guardam pisca-piscas e enfeites de um ano para outro, mas esse hábito exige cuidado. Helio orienta que toda a fiação deve ser revista cuidadosamente, observando pontos de desgaste, encaixes soltos, fios quebrados ou ressecados. Ele reforça que produtos danificados não devem ser utilizados em hipótese alguma, mesmo que “pareçam” funcionar.
“Nesses casos deve ser feita uma inspeção minuciosa das condições do cabeamento de luminárias observando os encaixes adequados de lâmpadas e a existência de emendas e fios quebrados, ressecados ou desencapados”, explica.

Para evitar sobrecargas, ele também recomenda o uso de filtros de linha com fusível de proteção, especialmente quando não há tomadas suficientes. Benjamins e adaptadores em “T” continuam entre os principais vilões da segurança essencialmente porque concentram carga excessiva em um único ponto. Helio reforça ainda que crianças devem ser ensinadas a não tocar em lâmpadas ou conexões.
Decoração ao ar livre exige distância da rede elétrica
A beleza das luzes externas precisa ser acompanhada de prudência, principalmente quando os adornos são instalados em locais elevados, como telhados, árvores ou portões. Helio reforça que manter distância da rede elétrica é uma exigência de segurança, não apenas uma recomendação. O uso de escadas, varas extensíveis e estruturas metálicas durante a instalação precisa ser feito com atenção máxima para evitar contato acidental com fios energizados.
Conteúdos atuais sobre segurança publicados no Paraná reforçam que acidentes com rede elétrica aumentam significativamente nesta época do ano, especialmente em municípios que intensificam a decoração natalina em praças e vias públicas.
Instalações em espaços públicos
Quando a decoração envolve postes, praças ou estruturas públicas, a Copel exige que prefeituras e empresas entrem em contato prévio para validar o projeto e garantir o cumprimento das normas técnicas. Nesses casos, é obrigatória a emissão de ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assinada por profissional habilitado, assegurando que os materiais, distâncias e procedimentos sigam padrões que eliminem riscos à população.
A ausência dessa etapa pode resultar em acidentes graves e até em instabilidade da rede elétrica, já que adornos inadequados podem conduzir energia ou interferir no funcionamento dos cabos.
O que fazer em caso de acidente
Caso alguma situação de risco ocorra, a Copel mantém atendimento imediato pelo número 0800 51 00 116, disponível para acionamento de qualquer telefone. O serviço orienta moradores, identifica ocorrências e mobiliza equipes quando necessário.





