Vazamentos e problemas relacionados à impermeabilização são muito comuns e podem acontecer a qualquer momento. Por esse motivo, é fundamental fazer manutenções periódicas na residência, além realizar os cuidados preventivos durante o estágio inicial de obra (no caso de quem está construindo ou reformando).
A fim de esclarecer as questões mais comuns sobre imprevistos em áreas molhadas, que são mais vulneráveis, a DRYKO – uma das principais indústrias de produtos químicos para a construção civil e especialista em impermeabilização – apresenta um guia completo sobre o tema.
Áreas Molhadas e Áreas Molháveis – entenda a diferença
Segundo as normas técnicas, as áreas molhadas são aquelas permanentemente úmidas, como por exemplo o box de banheiro, que recebe um grande fluxo de água frequentemente. Já as áreas molháveis são aquelas que possuem um ralo, mas o uso do ambiente não envolve necessariamente a utilização de água no dia a dia (o mais comum é que sofra respingos). Esse espaço pode ser molhado às vezes ou durante as lavagens de rotina, como as cozinhas, lavanderias e sacadas, por exemplo.
Ambas as áreas (molhadas e molháveis) devem ser impermeabilizadas – tanto na fase construtiva, quanto em casos de reformas posteriores para garantir a segurança e o bem-estar dos moradores.
Seja durante a construção ou em uma reforma, a prevenção sempre é o melhor caminho. No caso da impermeabilização preventiva tanto em áreas molhadas ou molháveis vale a pena adotar produtos com base cimentícia, pois permitem a colagem e o assentamento do revestimento em cima do impermeabilizante. Afinal, deve-se levar em conta que, muitas vezes, essas áreas não têm altura suficiente para a existência de um contrapiso.
Entre os exemplos de produtos bem-vindos nessas situações estão os impermeabilizantes cimentícios DRYKO 7700 e o DRYKO ELASTIC, considerados sistemas comuns para este tipo de obra. Portanto, antes de realizar o revestimento de paredes e dos pisos aplica-se, em geral, duas a três demãos do sistema impermeabilizante escolhido. Uma dica é escolher alternativas que também tenham aderência ao drywall.
Aplicação sem segredos: Para que o processo ocorra de forma satisfatória, o ideal é aguardar o prazo médio de 7 dias para que sejam feitas todas as demãos, assim como os testes com água, antes de revestir o local novamente. Em caso de dúvidas, vale seguir as orientações da embalagem ou entrar em contato com a empresa responsável pelos impermeabilizantes.
Banheiros Protegidos
Na área do box, a impermeabilização precisa avançar (no mínimo) 1,20 m de altura, ou o que chamamos, usualmente, de “altura do registro”, que tem relação direta com a batida d’água durante o banho. Vale lembrar que a impermeabilização não se limita à área do banho, pois também avança para a área comum do banheiro.
Por isso, vale verificar se que todo o espaço foi tratado de forma adequada. Além de escolher um material de qualidade e realizar uma aplicação correta, é essencial ficar atento ao tempo de secagem. “Deve-se respeitar o prazo indicado pelo fabricante, pois se o produto não tiver o período de cura estipulado, corre-se o risco de acabar perdendo a sua resistência”, afirma Joaquim Souza, gerente técnico da DRYKO.
Já para quem se encontra no meio de uma obra de urgência e necessita de resultados rápidos, uma solução é investir no lançamento DRYKO CRIL PRO, material nobre à base de polímero acrílico. Diferente dos demais impermeabilizantes (que demoram alguns dias para que o processo seja finalizado), esse produto permite que em oito horas após a última demão, o espaço já seja testado com água, para que então sejam colocados os revestimentos por cima. Trata-se de uma solução inovadora para as áreas molhadas.
Reparos Simples e Efetivos
Entre os materiais complementares, que podem ajudar muito no dia a dia, estão os silicones. Esses produtos podem ser aplicados no “pé” do vaso sanitário ou da cuba, em vedações de louças, sanitários, bacias em geral, tubulações, bocas de ralo, etc.
Identifique o Tipo de Vazamento
Existem dois tipos de vazamentos: um decorrente da hidráulica e o outro causado por problemas relacionados à impermeabilização. O vazamento de hidráulica é corrigido com a substituição dos encanamentos. Então, antes de sair quebrando todo o banheiro, o primeiro passo é solicitar que o profissional de impermeabilização teste as tubulações, verificando se estão trincadas ou com vazamento nas junções.
Em casos assim, muitas vezes, a troca do tubo já resolve o problema. Porém, após esses passos terem sido realizados e ter se constatado que a tubulação está em perfeitas condições, será necessário quebrar todo o revestimento e fazer a impermeabilização tradicional.
Segundo Joaquim, especialista da DRYKO, um dos problemas mais comuns nos prédios é o vazamento no colarinho da tubulação do ralo, que pode vir do apartamento de cima, por exemplo. Primeiro a água infiltra pelo rejunte, depois consegue vencer alguma falha da impermeabilização, ganhando volume. Sendo assim, se a impermeabilização que está embaixo do piso não estiver funcional, toda essa água vai gerar transtornos – seja para o apartamento debaixo, ou nas áreas adjacentes.
Uso do Rejunte
Em casos emergenciais, uma possibilidade é o uso de rejuntes impermeáveis em áreas como banheiros, cozinhas e lavanderias. No entanto, o seu uso deve ser feito com cuidado. “O rejunte é um paliativo para problemas de vazamento, pois ele impermeabiliza somente a superfície, por isso irá demorar um tempo a mais para a água conseguir passar por todo o caminho. Então, deve ser usado em casos de urgência. No entanto, a melhor forma de solucionar vazamentos em áreas molhadas é a impermeabilização tradicional, em que é necessário quebrar o revestimento e fazer a verdadeira impermeabilização”, diz Joaquim.