Ao pensar nas escolhas para uma sala de estar, qual o primeiro item que surge em sua mente? Invariavelmente é o sofá que preenche a maior parte do ambiente e que provê as diversas facetas do conforto que buscamos. E se fatores como proporção no ambiente, cor, forma e funcionalidade precisam sempre estar em pauta para entregar equilíbrio ao ambiente, a afirmação ganha mais força quando precisamos escolher o móvel para salas compactas.
“Comprar um modelo sem considerar o tipo de uso compromete tanto o bem-estar, como o projeto”, alerta a arquiteta Elisa Maretti, que comanda o escritório que leva seu nome. Para ela, o segredo está em encontrar o equilíbrio entre funcionalidade e design. “É a harmonia entre todos os elementos que garante um ambiente acolhedor e bem-resolvido”.
Quando o espaço é compacto, o desafio é ainda maior. “O primeiro passo é medir com precisão a área disponível”, orienta Elisa. Segundo ela, garantir a circulação mínima de 60 cm ao redor do móvel é o ideal, mas em ambientes menores pode-se trabalhar com até 50 cm, desde que isso não comprometa o conforto e o fluxo.
Definindo o tamanho ideal
O layout do ambiente influencia diretamente na escolha. “O posicionamento depende da função. Para assistir TV, é necessário observar a distância entre o sofá e a tela. Já em ambientes voltados à conversação, ele pode estar de frente para poltronas ou no centro da sala, favorecendo a interação”, explica.

Modelos em ‘L’, com chaise ou modulares são opções versáteis, mas nem sempre viáveis em apartamentos pequenos. “Nestes casos, prefira sofás retos, com braços finos e profundidade moderada. Um modelo de até 2,10 m acomoda bem três pessoas sem pesar no ambiente”, sugere.
Estética também conta. E muito!
Além das proporções, o sofá precisa conversar com a decoração. “Se a ideia for destacar o sofá, eu dou preferência para uma cor que contrasta com a paleta predominante. Já para um visual mais clean e atemporal, tons neutros como bege, cinza ou fendi são ideais — e permitem ousar em almofadas ou mantas”, diz.

O design também influencia na percepção de leveza: pés aparentes e braços estreitos tornam o móvel visualmente mais leve, enquanto braços largos, encostos altos e costuras marcadas conferem imponência. “Retráteis e reclináveis são ótimos para conforto, porém ocupam mais espaço deixam o ambiente com uma aparência mais pesada”, pondera.
Sinônimo de sala de estar
Por fim, é essencial considerar o papel que o sofá terá no dia a dia. “Se o foco for ver TV, o conforto deve prevalecer. Já para quem gosta de receber, é melhor investir em sofás com assento mais firme e menor profundidade, que aproveitam melhor o espaço”, explica Elisa.

Modelos multifuncionais, como os modulares ou com encostos adaptáveis, também são aliados em ambientes pequenos, oferecendo versatilidade. “Um sofá muito macio é perfeito para relaxar, entretanto é desconfortável para socializar. Da mesma forma, um modelo muito rígido pode não ser ideal para assistir a um filme. Como na vida, é sempre valioso encontrar um meio termo”, finaliza.
Sobre Elisa Maretti Arquitetura
Desde 2015, Elisa Maretti transforma espaços com uma arquitetura que equilibra funcionalidade, estética e inovação. Sua experiência em escritórios, construtoras e projetos de diferentes escalas – do urbano ao detalhe – lhe dá uma visão ampla e estratégica, sempre focada em criar soluções inteligentes e personalizadas.
Seus projetos vão além do visual: são experiências pensadas para quem vive, trabalha e interage com os espaços. Com um olhar afiado para o design, materiais e tendências, Elisa cria ambientes que traduzem identidade e bem-estar, sem abrir mão da praticidade. Para ela, arquitetura é mais do que construir: é sobre contar histórias, despertar sensações e transformar a rotina com propósito e personalidade.
@elisamarettiarq
(11) 98557-1597