Dormir bem é um dos pilares para uma vida saudável, mas poucas pessoas percebem que o primeiro passo para noites revigorantes começa antes mesmo de deitar: a escolha da cama certa. Mais do que um simples móvel, a cama ideal é o ponto de equilíbrio entre conforto, ergonomia e estilo, influenciando tanto a qualidade do sono quanto a estética do quarto. Entender o que observar na hora da compra é essencial para quem busca transformar o descanso em um verdadeiro ritual de bem-estar.
Assim, escolher sua cama não deve ser um gesto apressado, baseado apenas na beleza ou nas tendências do momento. É preciso considerar seu estilo de vida, seu corpo, o espaço disponível e, claro, a atmosfera que você deseja criar no seu ambiente de descanso. E acredite: os detalhes fazem toda a diferença.
Dimensões e proporções: um equilíbrio necessário
O tamanho da cama é, naturalmente, uma das primeiras decisões. No entanto, pensar apenas na medida do colchão é um erro comum. O espaço de circulação ao redor da cama influencia diretamente a funcionalidade do quarto. Segundo a arquiteta Camila Chalon, especialista em interiores contemporâneos, “o ideal é deixar pelo menos 60 centímetros livres ao redor do móvel, para permitir uma circulação confortável e evitar a sensação de aperto”.

Isso significa que, mesmo que o sonho seja uma cama king size, é importante avaliar se o quarto comporta esse formato sem comprometer a fluidez do espaço. Além disso, vale considerar a altura da cama em relação ao seu biotipo. Modelos mais altos favorecem pessoas de estatura elevada ou quem tem dificuldades de mobilidade, enquanto camas mais baixas ampliam a sensação de aconchego, típica dos projetos minimalistas.
Materiais e estruturas: mais do que aparência
Outro fator decisivo é o material da estrutura. Camas em madeira maciça, por exemplo, trazem robustez e aquecem o ambiente, enquanto modelos em metal adicionam leveza e um toque industrial, cada vez mais em alta no design contemporâneo. Já quem busca versatilidade encontra nas camas estofadas uma opção que combina conforto visual e tátil, principalmente em quartos que priorizam uma estética acolhedora.

Segundo o designer de interiores Pedro Pontes, “a cama não é apenas um suporte para o colchão; ela compõe o décor do quarto e pode definir o estilo do ambiente, seja como protagonista ou como peça complementar”. Dessa forma, escolher a estrutura também é decidir que tipo de narrativa você deseja criar para seu espaço pessoal.
Cabeceiras e funcionalidade: beleza que acolhe
A cabeceira é muito mais que um elemento decorativo. Ela protege a parede, oferece apoio para quem gosta de ler ou assistir TV na cama e ainda pode trazer funcionalidades extras, como nichos ou prateleiras embutidas. Em quartos compactos, soluções inteligentes como cabeceiras com mesas laterais integradas ajudam a otimizar o espaço sem comprometer o conforto.

Materiais como linho, couro sintético ou veludo estão entre os preferidos para quem busca um toque de sofisticação e acolhimento, especialmente em ambientes de estética mais refinada. Já as versões ripadas em madeira conferem um charme natural e dialogam com propostas de decoração contemporânea ou escandinava.
Colchão e base: inseparáveis para o conforto
Embora o foco muitas vezes esteja no colchão, a base da cama tem papel crucial na durabilidade e na performance do conjunto. Modelos com estrado de ripas de madeira permitem melhor ventilação do colchão e aumentam sua vida útil. Camas com baú, por outro lado, oferecem o benefício extra de armazenamento, ideal para quem precisa otimizar espaço em apartamentos compactos.

Camila Chalon destaca que “é fundamental testar o colchão na loja, mas também compreender se a estrutura da cama escolhida é compatível com o tipo de suporte necessário para garantir o desempenho esperado”. Assim, a escolha não deve ser feita isoladamente: cama e colchão precisam formar um conjunto harmônico.
Estilo e personalização: o toque final
A escolha da cama também passa pela conexão emocional que você deseja criar com o espaço. Um quarto de atmosfera minimalista, por exemplo, tende a pedir linhas mais retas e cores neutras, enquanto propostas boho permitem ousar em formas orgânicas, tecidos artesanais e detalhes em palha ou rattan.
Além disso, pensar nas roupas de cama, almofadas e mantas é parte do processo de criação do ambiente. Esses elementos, combinados com a cama certa, transformam o quarto num refúgio personalizado, onde descanso e identidade caminham lado a lado.