Resumo
• Uma árvore de crochê com 7 metros de altura transforma o Mercado Municipal do Capão Raso, bairro de Curitiba, em símbolo de afeto coletivo e decoração natalina autoral.
• A obra foi criada por cerca de 600 voluntários, reunindo 1.500 peças artesanais, 65 cores e mais de 700 mil pontos de crochê.
• O projeto nasceu no Dia Mundial do Crochê e reforça a força da criação colaborativa aplicada à decoração de espaços públicos.
• Além do impacto visual, a instalação valoriza o artesanato como ferramenta de bem-estar emocional, inclusão social e fortalecimento comunitário.
• Integrada ao Natal de Curitiba, a árvore permanece em exibição até janeiro de 2026, ampliando a experiência cultural no mercado do bairro.
Em meio às luzes tradicionais e aos símbolos clássicos do fim de ano, uma instalação artesanal vem chamando atenção em Curitiba por ir além do impacto visual. No Mercado Municipal do Capão Raso, localizado no bairro Capão Raso, na região sul da capital paranaense, uma árvore de crochê em escala monumental surge como expressão de afeto coletivo, criatividade e pertencimento. A obra ressignifica a decoração natalina ao transformar o espaço público em ponto de encontro entre arte, memória e identidade local.
Com 7 metros de altura, a árvore foi inteiramente confeccionada em crochê, reunindo cerca de 1.500 peças artesanais, produzidas por aproximadamente 600 voluntários. A iniciativa integra a programação do Natal Encantado do Mercado do Capão Raso, um dos principais espaços de convivência do bairro Capão Raso, em Curitiba, e teve início no Dia Mundial do Crochê, quando a comunidade foi convidada a criar pequenos quadrados que, unidos, deram origem a um grande painel têxtil de aproximadamente 8 metros de extensão.
O resultado impressiona não apenas pelo tamanho, mas pela riqueza visual. A árvore reúne 65 cores diferentes, aplicações delicadas de passarinhos em ninhos e ultrapassa a marca de 700 mil pontos de crochê, criando uma superfície vibrante que dialoga com a arquitetura do mercado e com o fluxo cotidiano de moradores e visitantes da região.
Decoração natalina como linguagem afetiva
Ao contrário das estruturas industrializadas comuns nesta época do ano, a árvore de crochê se destaca por carregar histórias individuais entrelaçadas em um único objeto coletivo. Cada ponto representa tempo, dedicação e intenção, transformando a decoração em um gesto simbólico de cuidado com o espaço urbano e com a vida comunitária do bairro Capão Raso, em Curitiba.
Luciana Cortez, artesã e fundadora da ONG responsável pelo projeto, reforça esse significado ao afirmar que a obra “é um símbolo de afeto coletivo para este fim de ano”. Segundo ela, a iniciativa também amplia o olhar sobre o artesanato, mostrando como o trabalho manual pode impactar positivamente não apenas a estética dos espaços, mas também a vida emocional e social de quem produz.
Artesanato, saúde emocional e transformação social
A presença da arte têxtil em um espaço público como o mercado municipal evidencia o potencial do artesanato como ferramenta de transformação social. Além de valorizar técnicas tradicionais, o projeto contribui para a visibilidade de práticas que promovem bem-estar emocional, fortalecimento comunitário e geração de renda, especialmente em bairros com forte identidade cultural, como o Capão Raso, em Curitiba.
Fundada em 2015, a ONG responsável pela ação desenvolve atividades ao longo de todo o ano na capital paranaense, incentivando o crochê como ferramenta de inclusão social, capacitação profissional e apoio emocional, inclusive no enfrentamento da depressão.
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O Mercado do Capão Raso como polo cultural do bairro
Inserida em um espaço que abriga mais de 100 lojas, a árvore de crochê amplia a experiência de quem circula pelo Mercado Municipal do Capão Raso, referência comercial e cultural do bairro Capão Raso, em Curitiba. A instalação dialoga com outras atrações do Natal de Curitiba, como apresentações musicais gratuitas e atividades culturais aos fins de semana.
A árvore permanecerá em exibição até 6 de janeiro de 2026, convidando moradores de diferentes regiões da cidade a observar de perto como a decoração artesanal, quando pensada de forma coletiva, pode transformar ambientes urbanos, fortalecer vínculos e criar novas memórias afetivas.





