O mercado imobiliário brasileiro iniciou 2025 em ritmo acelerado. No quarto trimestre de 2024, as vendas de imóveis residenciais registraram um aumento de 19,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Esse crescimento foi impulsionado por programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida, que, entre janeiro e agosto de 2024, respondeu por 28,8% das vendas totais.
Neste cenário, cresce também o interesse por modalidades alternativas de aquisição, como os leilões de imóveis. No primeiro semestre de 2024, segundo dados da Caixa Econômica Federal, foram arrematados 44 mil imóveis, superando a soma dos arremates realizados em 2022 e 2023, que totalizaram 35 mil. A possibilidade de economizar valor dos imóveis tem atraído tanto famílias quanto investidores.
De acordo com André Zalcman, CEO da plataforma Leilão Eletrônico, especializada na venda online de imóveis, os leilões estão cada vez mais alinhados com o momento atual.
“O desempenho das incorporadoras mostra que o setor voltou a ser protagonista da economia. Isso eleva o apetite do investidor e impulsiona a busca por boas oportunidades — e os leilões se tornaram um canal inteligente para quem quer comprar com desconto e rentabilidade”, afirma o executivo.
Com a inflação sob controle, o setor imobiliário volta a atrair diferentes perfis de compradores. Nesse ambiente, imóveis em leilão — muitos já desocupados, com documentação em dia e localizados em grandes centros — surgem como alternativa segura e vantajosa tanto para moradia quanto para investimento.
“A percepção de risco em relação aos leilões caiu muito nos últimos anos. Hoje, com a digitalização, transparência e volume crescente de informações disponíveis, o processo de compra é mais simples e confiável. Quem se prepara e estuda o edital tem grandes chances de fazer excelentes negócios”, explica Zalcman.
Outra vantagem apontada pelo CEO é a diversidade de ativos disponíveis, que vão de unidades residenciais e comerciais, passando por terrenos e imóveis rurais. Além disso, o tíquete médio costuma ser mais atrativo, com uma média de 26% de desconto em relação ao valor original do imóvel, de acordo com pesquisa do LeillãoImóvel.
Com as expectativas positivas para o setor em 2025, impulsionadas por infraestrutura, urbanização e políticas públicas, o setor deve voltar aos holofotes. O momento, segundo Zalcman, é de atenção e oportunidade. “O ciclo de valorização está em curso, e quem entra cedo tende a colher os melhores frutos”, finaliza.