As cores revelam aquilo que palavras nem sempre conseguem expressar. Nos envolvem, despertam emoções e moldam a forma como vivemos nossos espaços. O que escolhemos evidenciar em nossas residências diz muito sobre nossas predileções e quem verdadeiramente somos.
Embora a arquitetura de interiores viva um período marcado por paletas mais suaves, com tons que remetem à natureza ou cores mais vivas e intensas, o preto e os tons de cinza seguem ocupando seu posto de destaque. “Sempre será um mix de requinte e o estilo contemporâneo nunca será datado”, define Ana Rozenblit, da Spaço Interior.
Mesmo que o círculo cromático não o considere em composição, pois tecnicamente, por absorver todas as ondas de luz, o preto revele a ausência de cor, na decoração ele denota uma personalidade firme, sensível aos detalhes e pouco afeito a modismos. Ao empregar o preto e seus degradês de cinza, Ana diz que o projeto enfatiza o equilíbrio entre a intensidade e a elegância, impactando o visual do ambiente. “Essa base nos confere uma profundidade que, ao mesmo tempo que nos convida à contemplação, também nos envolve em momentos de introspecção silenciosa”, analisa.
Ao passo que o preto propicia as percepções de poder e impacto, as nuances de cinza são essenciais para, dentro de um décor monocromático, conceder estabilidade, suavidade e variações com experiências visuais ricas e acolhedoras. Acompanhe inspirações de projetos realizados do Ana Rozenblit:
Cores que despertam e regulam emoções

| Projeto: Spaço Interior | Fotos: Kadu Lopes
No décor de interiores, as cores são agentes diretos sobre nosso estado emocional. Segundo Ana, o preto é introspectivo, transmite o senso de firmeza e proteção, além de estimular a concentração. “Engana-se quem pensa que ele é responsável por diminuir o espaço e nos deixar tristes. A questão está em saber aplicar e eliminar os excesso”, analisa. Quando bem aplicado se torna uma afirmação de estilo e traz um apelo visual acompanhado por um certo mistério que reflete ousadia e segurança.

Já os tons de cinza percorrem uma escala mais suave e, dentro de um contexto monocromático, resultam em atmosferas que não saturam o olhar e imprimem uma elegância silenciosa. “Sem contar que o cinza, em especial, registra essa capacidade de sintonizar-se com tudo ao seu redor”, diz ela.
Versátil, o cinza, que caminha entre o grafite e o gelo, revela sua riqueza justamente nessa transição. “Ao contrário do que muitos pensam, o cinza está longe de ser monótono, pois seu papel é equilibrar, acolher e dar profundidade aos espaços”, explica a arquiteta Ana Rozenblit, complementando que a cor atua como uma tela que valoriza texturas e formas, reforçando o que há de mais essencial no projeto.

Atrás da porta mimetizada da área social, a arquiteta Ana Rozenblit, da Spaço Interior, elaborou um lavabo criativo e fora do convencional. O pórtico de drywall, pintado em tons de preto, abraça e valoriza a bancada com cuba esculpida de mármore, uma verdadeira escultura no ambiente. Além da luz indireta, o clima de surpresa do ambiente foi arrematado com um espelho orgânico.

Sobre a Spaço Interior
Presente há mais de duas décadas no mercado de arquitetura e decoração, a Spaço Interior Arquitetura tem no comando a arquiteta Ana Rozenblit. O escritório realiza dezenas de projetos por ano, que vão desde pequenas reformas até casas completas. As maiores inspirações da arquiteta vêm dos desafios propostos em cada obra. Sempre atenta às novidades do mercado e às necessidades do cliente, desenvolve soluções criativas e inusitadas para imóveis dos mais variados tamanhos.
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