O artesanato paranaense encerrou 2025 como um dos grandes protagonistas da economia criativa no Brasil. O período foi marcado por resultados inéditos, crescimento consistente e ampliação significativa da visibilidade dos artesãos em feiras de grande porte, dentro e fora do país. A combinação entre políticas públicas estruturadas, ações de interiorização e incentivo à profissionalização transformou o setor em um importante vetor de geração de renda, inclusão produtiva e valorização cultural no Paraná.
Coordenadas pela Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa, as iniciativas reforçaram o papel estratégico do artesanato como atividade econômica sustentável, capaz de conectar tradição, identidade regional e novas oportunidades de mercado. Ao longo do ano, artesãs e artesãos passaram a ocupar espaços antes pouco acessíveis, ampliando sua presença em vitrines nacionais e consolidando o reconhecimento do trabalho manual paranaense.
Expansão do artesanato e aproximação com a população
O calendário de ações começou de forma intensa no Litoral do Estado, durante o Verão Maior Paraná, quando oficinas abertas ao público aproximaram turistas e moradores do universo artesanal. Técnicas como modelagem em argila, biojoias, bambu, couro de peixe e cultivo de suculentas reforçaram a conexão entre saberes tradicionais e práticas contemporâneas, estimulando a circulação de renda local e o interesse por produtos autorais.
Essa estratégia de aproximação com a população foi essencial para ampliar o alcance do artesanato paranaense, tornando-o mais presente no cotidiano e reforçando sua importância como expressão cultural viva, ligada ao território e às histórias de quem produz.
Presença recorde em feiras e projeção nacional
Nos meses seguintes, o Paraná ampliou de forma consistente sua atuação em grandes eventos do setor. A participação na 46ª Feira Internacional de Artesanato (Feiarte), em Curitiba, marcou um ponto de virada. Pela primeira vez, o Estado contou com o maior estande do evento, resultado que se refletiu diretamente nas vendas, com arrecadação superior a R$ 72 mil e mais de 1.700 peças comercializadas.
A visibilidade alcançada se estendeu para além das fronteiras estaduais. A mostra “Sinta o Sul – Bioma Mata Atlântica”, realizada no Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, no Rio de Janeiro, apresentou a diversidade criativa da região Sul por meio de centenas de peças que dialogam com o bioma e a sustentabilidade. O Paraná também esteve presente em eventos de grande relevância nacional, como o Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, em São Paulo, e a Fenearte, em Pernambuco, considerada a maior feira de artesanato da América Latina.
Essas participações consolidaram o artesanato do Paraná como um produto cultural competitivo, capaz de dialogar com diferentes públicos e mercados, sem perder sua identidade.
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Protagonismo feminino ganha força no setor
Outro aspecto que marcou o ano foi o fortalecimento da atuação feminina no artesanato. Em setembro, uma delegação formada exclusivamente por mulheres representou o Estado em uma feira nacional no Nordeste, alcançando resultados expressivos em vendas diretas e encomendas futuras. O desempenho financeiro evidenciou não apenas o potencial econômico das peças, mas também a capacidade das artesãs de ampliar redes, acessar novos mercados e fortalecer sua autonomia.
A experiência reforçou a importância do apoio institucional para garantir que mulheres artesãs tenham acesso a oportunidades reais de crescimento, reconhecimento e sustentabilidade econômica, consolidando o artesanato como ferramenta de emancipação e valorização social.
Paraná assume liderança nacional em certificação
No campo da formalização profissional, os números de 2025 colocaram o Paraná em posição de destaque no cenário nacional. O Estado liderou a emissão da Carteira Nacional do Artesão, com crescimento expressivo em relação aos meses anteriores e ao ano passado. Esse avanço foi impulsionado por mutirões de cadastramento, ações de interiorização e atendimentos realizados em feiras e eventos especializados.
A ampliação da certificação profissional fortaleceu o acesso dos artesãos às políticas públicas, programas de fomento e oportunidades de comercialização, além de garantir maior segurança e reconhecimento ao exercício da atividade artesanal.
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Interiorização e políticas públicas mais acessíveis
A aproximação entre o Estado e os profissionais do setor também se intensificou por meio de ações locais, realizadas em municípios do interior. Mutirões de cadastramento e atendimentos técnicos levaram orientação, regularização e informação diretamente aos artesãos, reduzindo barreiras e ampliando o alcance das políticas públicas.
Esse movimento de interiorização foi fundamental para tornar o fomento ao artesanato mais humano, acessível e conectado à realidade de quem vive da produção manual, respeitando as particularidades regionais e fortalecendo as economias locais.
Um ano que reposiciona o artesanato paranaense
O conjunto das iniciativas consolida 2025 como um ano decisivo para o artesanato no Paraná. A ampliação da presença em feiras, os recordes em certificação, o fortalecimento da participação feminina e a interiorização das políticas públicas reposicionaram o setor como um dos pilares da economia criativa estadual.
Mais do que números, os resultados revelam um movimento de valorização do fazer manual como expressão cultural, fonte de renda e instrumento de transformação social. Ao investir em planejamento, visibilidade e acesso, o Estado reafirma o compromisso com quem transforma tradição em identidade e trabalho em oportunidade, projetando o artesanato paranaense para um futuro ainda mais sólido e reconhecido.






