Resumo
• A Feira Nacional de Artesanato retorna ao Expominas entre 3 e 7 de dezembro com ingresso gratuito no dia de abertura e expectativa de receber cerca de 100 mil visitantes.
• O evento reúne 3,5 mil artesãos em 700 estandes e reforça seu papel como um dos maiores encontros culturais do país, com programação ampliada.
• A 36ª edição destaca ações ambientais, como a compensação de mais de 5 toneladas de carbono e o plantio de 1 mil mudas nativas em BH.
• A mostra “Sustentabilidade em Ação” oferece atividades interativas, calculadora de pegada de carbono e espaços educativos sobre espécies nativas.
• Oficinas gratuitas, apresentações culturais e concursos de presépios e esculturas recicladas completam a programação e aproximam o público da criatividade artesanal.
A cada dezembro, a Feira Nacional de Artesanato transforma o Expominas em uma grande celebração da arte brasileira, e a edição deste ano promete reforçar ainda mais esse espírito. Entre os dias 3 e 7 de dezembro, a FNA reassume seu posto como um dos encontros culturais mais relevantes do país, reunindo artesãos de todas as regiões e abrindo espaço para novas experiências. Logo no primeiro dia, o público poderá acessar o evento com ingresso gratuito, uma iniciativa limitada, mas simbólica, que reforça o compromisso de democratizar o acesso à cultura.
Com 3,5 mil artesãos distribuídos em 700 estandes, a feira se prepara para receber aproximadamente 100 mil visitantes, consolidando seu impacto não apenas econômico, mas também social e artístico. A edição de 2025 chega com uma ambição ampliada, acompanhada de ações estruturadas que dialogam com debates contemporâneos, sobretudo em torno da sustentabilidade e da educação ambiental.
Sustentabilidade como pilar da nova edição
A FNA amadurece seu discurso ambiental ao transformar práticas em resultados mensuráveis. A feira inicia sua 36ª edição com a compensação de mais de 5 toneladas de carbono, cálculo que se apoia no levantamento operacional do ano anterior. Esse movimento começou com o plantio de 1 mil mudas nativas em parques de Belo Horizonte, realizado em parceria com a Associação Bora Plantar e a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica — duas referências regionais em reflorestamento e conservação.

Dentro do pavilhão, a mostra “Sustentabilidade em Ação” se torna um dos pontos mais procurados pelo público. O espaço reúne painéis educativos, atividades lúdicas, tabuleiros interativos sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e uma área dedicada exclusivamente às espécies nativas da região. O visitante é convidado a percorrer esse trajeto acompanhado por monitores, que aprofundam a experiência de forma acessível e envolvente.
Um dos destaques tecnológicos é a calculadora de pegada de carbono, acessada via QR Code ou em tablets espalhados pelo espaço. A ferramenta permite que cada pessoa visualize seu impacto ambiental e descubra quantas mudas seriam necessárias para neutralizá-lo. Além disso, a feira reforça sua operação responsável ao destinar 80% dos resíduos para reciclagem ou reutilização, priorizar materiais biodegradáveis, incentivar o consumo consciente e apresentar o selo Artesanato Sustentável, reconhecimento voltado a expositores que integram práticas ambientais consistentes ao processo criativo.
Oficinas, cultura popular e concursos que celebram a criatividade
A atmosfera pulsante da feira se expande para além dos estandes e ocupa as áreas internas do Expominas com oficinas gratuitas, apresentações folclóricas e intervenções artísticas. Uma atriz percorre os corredores e provoca reflexões sobre consumo responsável, aproximando a temática ambiental do cotidiano dos visitantes de forma teatral e afetiva.
Nesta edição, dois concursos despertam ainda mais curiosidade. O primeiro reúne presépios confeccionados com materiais reciclados, enquanto o segundo apresenta esculturas feitas a partir de sucata. As obras selecionadas são expostas durante todo o evento e passam tanto por voto popular quanto por avaliação técnica, criando uma dinâmica que valoriza a criatividade e revela novos talentos do artesanato nacional.
As iniciativas reforçam o papel da feira como um grande laboratório cultural, onde tradição e inovação caminham lado a lado. Em meio às cores, texturas e narrativas, o público encontra não apenas produtos artesanais, mas também histórias, valores e novas perspectivas sobre a relação entre arte, sociedade e meio ambiente.





