Planejar com inteligência, investir com segurança e realizar o sonho da casa própria sem os altos custos dos juros de financiamentos tradicionais. Essa tem sido a escolha de milhões de brasileiros que passaram a apostar no consórcio de imóveis como alternativa sólida para conquistar o primeiro imóvel, ampliar o patrimônio ou mesmo garantir renda futura por meio de aluguéis.
De acordo com levantamento da ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), o número de participantes ativos saltou de 988 mil, em 2020, para 2,5 milhões em agosto de 2025, um crescimento impressionante de 152,9%. Já o volume de vendas de cotas, que reflete o ingresso de novos consorciados, pulou de 206 mil para 815 mil no mesmo período — avanço de quase 300%. Os dados confirmam uma mudança de comportamento no perfil do consumidor brasileiro, que está cada vez mais atento à educação financeira e às alternativas que oferecem baixa taxa de administração e poder de compra preservado.
Poupança com objetivo e foco no patrimônio
Com uma taxa de administração média de apenas 0,073% ao mês, o consórcio oferece uma dinâmica de pagamento atrativa: sem entrada, sem juros, com reajuste dos créditos conforme índices como INCC (70%), IPCA (10%) e outros indicadores econômicos.
Além da ausência de IOF para imóveis comerciais, o consórcio se destaca por não cobrar retroativos e por permitir o uso do FGTS para amortização, lances e liquidação do saldo. A modalidade tem se mostrado eficiente não apenas para moradia própria, mas como estratégia de investimento. Em 2025, mais de 570 mil contemplados receberam cerca de R$ 105 bilhões em créditos, valor injetado diretamente no mercado imobiliário.
A flexibilidade também é um diferencial: o crédito pode ser usado para comprar residências urbanas (43,1% das preferências), reformar, construir, adquirir terrenos, casas de veraneio, imóveis para os filhos ou como ativo para gerar renda com aluguel.
Perfil dos consorciados: jovens e planejadores
A pesquisa mostra uma adesão crescente entre jovens de 18 a 30 anos, que representam 36% dos consorciados pessoas físicas — grupo que compõe 69% do total, enquanto empresas representam 31%. Isso reforça o caráter de longo prazo da modalidade, sendo tratada como poupança com propósito.
Geograficamente, os imóveis adquiridos foram distribuídos entre capitais (49,9%), interior (44,7%) e litoral (5,4%), o que evidencia a capilaridade do sistema. Os dados ainda revelam que 81,3% dos participantes são homens, e os casados e solteiros somam 83,2% do total, demonstrando o perfil familiar e estável dos compradores.
Contemplações crescem e consórcio avança no mercado financiado
Entre janeiro e agosto de 2025, 93,34 mil consorciados foram contemplados, alta de 32,7% em relação ao ano anterior, com R$ 19,37 bilhões em créditos disponibilizados — volume 46,1% superior a 2024.
Esse desempenho também reflete no cenário geral do financiamento habitacional. Somando os dados da ABECIP (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) às contemplações do sistema de consórcios, estima-se que o consórcio já represente até 24,3% dos imóveis financiados no Brasil — quase um a cada quatro imóveis vendidos no país.
FGTS impulsiona aquisição e amortização
De 2020 a 2025, mais de 20 mil consorciados utilizaram o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para aquisição de imóvel, amortização ou liquidação do saldo devedor. Somente em 2025, foram R$ 228 milhões liberados a quase 2,8 mil consorciados.
O uso do FGTS fortalece o consórcio como alternativa prática e legalmente respaldada para aquisição de imóveis urbanos para moradia própria. A utilização só é permitida para administradoras credenciadas e segue critérios técnicos estabelecidos pelo Conselho Curador do FGTS.
Visão de futuro: renda, segurança e liberdade
Com o tíquete médio de agosto de 2025 em R$ 197,47 mil, o consórcio continua sendo uma porta de entrada para brasileiros que desejam construir patrimônio sem se endividar. Mesmo com oscilações de mercado e inflação, o modelo demonstra resiliência e mantém sua atratividade, inclusive para quem busca qualidade de vida em imóveis de veraneio ou oportunidades de renda passiva.





