Resumo
 coleção Povoado Poesia uniu a Tapetah e a FOZ em uma collab que transforma tapetes em passarela, apresentada na SPFW N60 com forte inspiração no Nordeste brasileiro.
 Os seis tapetes de bouclé, com formas orgânicas e nomes de cidades ribeirinhas, remetem ao Rio São Francisco, azulejos quebrados e pedras de rio, criando uma estética poética e territorial.
 A coleção propõe uma fusão entre design, moda e crítica social, com peças que narram identidade e ancestralidade nordestina, sob direção criativa de Antonio Castro.
 Os tapetes funcionam como plataforma artística e política no desfile da FOZ, valorizando o artesanato local e a potência simbólica do sertão.
 Agora disponíveis na loja conceito da Tapetah, os modelos comerciais da coleção permitem que o público leve para casa um pedaço da passarela-poesia nordestina.
Não é todo dia que um tapete vira passarela — e muito menos quando carrega consigo a força simbólica de um território, a poesia dos rios e a resistência de um povo. Assim nasceu “Povoado Poesia”, a colaboração inédita entre a Tapetah (@tapetahoficial) e a marca alagoana de alta-costura FOZ (@foz_____), comandada pelo estilista Antonio Castro (@castronio). Mais do que uma parceria entre moda e design, a coleção apresentada na SPFW N60 transforma o ato de caminhar em um manifesto visual que entrelaça estética, memória e identidade.
A estreia da collab aconteceu durante o desfile da FOZ, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, dentro do Parque do Ibirapuera. Foram 34 metros de tapetes personalizados que cobriram a passarela, transportando o público para o imaginário do Nordeste ribeirinho, onde a paisagem se dobra em formas arredondadas, histórias cortadas pela água e pisos rachados pelo tempo.
Design com território: entre o azulejo quebrado e a pedra de rio
Cada peça da coleção carrega a profundidade de três conceitos estruturais: o caminho do Rio São Francisco, os fragmentos de azulejos quebrados, e o formato das pedras de rio, cujas curvas orgânicas guiaram o recorte dos tapetes. Essas inspirações materiaisizam o território e a herança cultural da região, em uma estética que é simultaneamente crua e refinada.
Ao todo, são seis modelos de tapetes em bouclé, todos com dimensões de 5×6 metros: Canindé, Belo Monte, Bom Sucesso, Entremontes, Propriá e Penedo. Os nomes evocam localidades banhadas pelo Velho Chico, cada uma carregando uma parcela do Brasil profundo — uma geografia que nem sempre entra nas vitrines, mas que aqui ganha forma, cor e textura sob os pés.
A moda como ferramenta de discurso
A FOZ, conhecida por sua abordagem autoral e visceral, usa a passarela como plataforma de discussão. Com a coleção “Povoado Poesia”, Antonio Castro reafirma sua proposta de moda como manifesto — onde vestir é também resistir. Os tapetes da Tapetah, nesse contexto, não apenas compõem o cenário, mas transformam-se em superfície poética para uma narrativa visual que articula tradição e crítica social.
Essa visão encontra consonância com o trabalho da Tapetah, empresa especializada em tapetes de design que, há anos, vem consolidando sua atuação por meio de colaborações criativas e autorais. Segundo a marca, a parceria com a FOZ representa a síntese entre artesanato, contemporaneidade e propósito social — uma tríade cada vez mais valorizada no universo da decoração e do design brasileiro.
 




