Resumo
Os sistemas de áudio e vídeo tornaram-se parte essencial da arquitetura de interiores, unindo tecnologia, estética e funcionalidade para criar experiências sensoriais sofisticadas.
A arquiteta Cristiane Schiavoni defende que esses recursos devem se integrar ao ambiente de forma natural, com soluções discretas como caixas embutidas e TVs giratórias.
Projetores embutidos no teto, telões retráteis e suportes motorizados são aliados para criar espaços imersivos sem comprometer o design.
A iluminação correta, como o uso de blackout em home theaters, é essencial para garantir nitidez e contraste em sistemas de projeção.
Para Cristiane, a tecnologia deve ser personalizada e invisível, refletindo o estilo de vida dos moradores e elevando o bem-estar nos espaços.
A tecnologia deixou de ser apenas um complemento funcional para se tornar parte essencial da arquitetura de interiores contemporânea. Mais do que equipamentos eletrônicos, os sistemas de áudio e vídeo passaram a ser elementos de composição estética e emocional dentro dos lares. Em projetos que unem conforto, automação e design, a arquiteta Cristiane Schiavoni mostra que integrar tecnologia e decoração é uma arte de equilíbrio. “Cada detalhe precisa se integrar de forma natural, sem romper a harmonia do ambiente”, explica.
Em casas e apartamentos de conceito aberto, o desafio é fazer com que telas, projetores e caixas de som se tornem quase imperceptíveis, sem perder eficiência. A ideia é transformar o espaço em uma experiência sensorial, na qual o som e a imagem participam do cotidiano sem interferir na estética do décor.
Integração e estética: o equilíbrio perfeito
Segundo Cristiane Schiavoni, os sistemas de automação são hoje protagonistas silenciosos, responsáveis por transformar o modo como vivemos os espaços. “A tecnologia deve estar presente, mas de forma elegante e sutil. O ideal é que ela se revele apenas quando necessária”, comenta.
Nos projetos da arquiteta, soluções como caixas de som embutidas, painéis retráteis e televisões giratórias mostram como a inovação pode dialogar com a estética. Um exemplo é o uso do suporte com rotação de 360°, que permite assistir à TV de diferentes ângulos da sala integrada. O dispositivo é fixado na marcenaria e move-se com leveza, ampliando a funcionalidade do ambiente sem comprometer o design.
Outro destaque são os projetores embutidos e os telões retráteis, que tornam possível criar verdadeiras salas de cinema em casa. Em um de seus projetos, Cristiane utilizou cinco caixas acústicas instaladas no teto de madeira, distribuindo o som de maneira uniforme e envolvente. O resultado é uma sensação de imersão completa, sem fios aparentes ou interferências visuais.
Funcionalidade e conforto: o som que acompanha o espaço
A arquiteta enfatiza que o áudio deve se espalhar pela casa de forma equilibrada, permitindo que o morador tenha a mesma experiência sonora em qualquer ambiente. “Por que ter apenas um ponto de som se é possível criar uma atmosfera integrada em todos os espaços?”, questiona.
Nesse contexto, o design assume papel fundamental para garantir o conforto acústico e visual. A disposição estratégica das caixas de som embutidas e o uso de materiais de isolamento tornam o som mais limpo, realista e equilibrado. Além disso, as superfícies de madeira e tecidos naturais ajudam a absorver ruídos e reforçam o caráter acolhedor dos ambientes.
Tecnologia a serviço da estética
Para Cristiane Schiavoni, integrar tecnologia é também uma questão de linguagem visual. “Não se trata apenas de esconder os equipamentos, mas de fazê-los participar da narrativa do projeto”, afirma. Em uma de suas residências, ela utilizou um sistema chamado Flap TV, no qual a televisão fica embutida e desce automaticamente por meio de um mecanismo motorizado.
A solução garante praticidade e sofisticação: com apenas um toque, a tela surge suavemente do teto ou de dentro da marcenaria, proporcionando momentos de lazer sem interferir na composição estética. O sistema ainda conta com estrutura em aço e alumínio, controle remoto e diferentes opções de acabamento, adaptando-se a qualquer proposta de decoração.
A arquiteta ressalta que o cuidado com a iluminação também é determinante para a qualidade visual. “Um projetor de alta luminosidade precisa ser combinado com sistemas de blackout adequados, caso contrário, o excesso de luz compromete o contraste e a definição da imagem”, explica.
Experiência, automação e bem-estar
O equilíbrio entre tecnologia e design redefine o que se entende por conforto contemporâneo. Em vez de sobrepor formas e funções, o objetivo é criar ambientes fluidos, onde o bem-estar sensorial se alia à estética.
Ao lado de especialistas em tecnologia residencial, Cristiane tem explorado a personalização como um diferencial. Para ela, o segredo está em compreender o estilo de vida dos moradores. “Não há um modelo único. Cada projeto deve traduzir o modo de viver de quem habita o espaço. A automação precisa ser uma extensão natural do lar”, conclui.





