A lava e seca é uma grande aliada da praticidade no dia a dia, combinando duas funções essenciais em um único eletrodoméstico. No entanto, nem tudo pode ser colocado na máquina sem consequências. Alguns itens podem sofrer danos irreversíveis ou até comprometer o funcionamento do aparelho.
Por isso, saber quais peças evitar, interpretar corretamente as etiquetas das roupas e manter a higienização adequada são passos fundamentais para prolongar a vida útil tanto das suas roupas quanto do próprio equipamento.
Roupas com elasticidade: risco de deformação
Peças como biquínis, roupas de ginástica, sutiãs e sungas contêm fibras elásticas que perdem a resistência quando expostas ao calor intenso da secadora. O movimento da máquina também pode forçar a estrutura do tecido, reduzindo sua durabilidade.

Segundo a consultora de moda e especialista em tecidos, Larissa Fontes, “o calor excessivo e a movimentação agressiva podem comprometer a elasticidade dessas peças, fazendo com que percam o caimento e fiquem folgadas rapidamente”.
Tecidos nobres e delicados exigem atenção especial
Materiais como seda, lã, couro e camurça são extremamente sensíveis e não devem ser submetidos às altas temperaturas e ao atrito da máquina. O processo pode causar encolhimento, ressecamento e perda da textura original.
O designer têxtil Rodrigo Mello reforça que “peças de seda, por exemplo, precisam de lavagem manual ou a seco para manter a integridade das fibras. Já o couro pode ressecar e rachar se exposto ao calor da secadora”.
Bonés, chapéus e acessórios estruturados podem perder a forma

Itens que possuem estrutura firme, como bonés, chapéus e bolsas, podem ser deformados pelo impacto da lavagem e pela ação térmica da secagem. O ideal é higienizá-los manualmente, garantindo que mantenham seu formato original.
Sapatos não combinam com a lava e seca
Embora algumas pessoas tentem lavar tênis e outros sapatos na máquina, essa prática pode ser prejudicial tanto para os calçados quanto para o aparelho.
O impacto constante pode desgastar a borracha, soltar colagens e até provocar desequilíbrio no tambor da máquina. A melhor alternativa é a limpeza manual, utilizando uma escova macia e sabão neutro.
Peças volumosas podem comprometer a eficiência
Edredons muito grandes, travesseiros volumosos e almofadas preenchidas com espuma ou fibras podem causar um desequilíbrio no tambor, sobrecarregando o motor e reduzindo a eficiência da lavagem.

Além disso, a secagem inadequada pode gerar mofo e odores desagradáveis. Para esses itens, é recomendável utilizar máquinas industriais ou lavanderias especializadas.
Roupas sujas de graxa e óleo exigem pré-lavagem
Peças contaminadas com graxa, óleo de cozinha ou outros resíduos pesados podem manchar outras roupas e deixar resíduos dentro da máquina, dificultando a limpeza completa nos ciclos seguintes. O ideal é realizar uma pré-lavagem manual antes de colocar as peças no equipamento.
Cuidado com produtos de limpeza inadequados
Nem todo produto de limpeza é seguro para uso na lava e seca. Alvejantes com cloro, detergente de louça e misturas caseiras podem comprometer tanto os tecidos quanto os componentes internos da máquina. Além disso, o excesso de sabão e amaciante pode gerar acúmulo de resíduos, reduzindo a eficiência do equipamento.
Para manter a máquina funcionando corretamente, a higienização periódica é essencial. Rodrigo Mello recomenda “deixar a porta da máquina aberta após o uso para evitar umidade, limpar o filtro de fiapos regularmente e remover eventuais resíduos de sabão na gaveta do dispensador”. Esses cuidados garantem que o equipamento opere de maneira eficiente e prolongam sua vida útil.