A cozinha deixou de ser um espaço meramente funcional para se tornar uma das protagonistas da casa. Em muitos projetos, é nela que se concentram os encontros, as conversas e até os momentos de pausa. E nesse cenário, a bancada de mármore na cozinha tem conquistado um protagonismo especial — não apenas pela beleza, mas também pela resistência, versatilidade e sensação de aconchego que o material proporciona.
A rocha natural, formada ao longo de milhares de anos, carrega uma estética singular, marcada por veios orgânicos e uma paleta de cores neutras ou intensas, dependendo da variedade escolhida. “O mármore tem uma textura visual muito rica, que confere elegância instantânea ao ambiente, mesmo em projetos mais minimalistas”, explica a arquiteta Juliana Zanon, especializada em interiores residenciais. Segundo ela, o uso do mármore não precisa ser restrito a cozinhas luxuosas: versões nacionais e composições criativas permitem usar o material com equilíbrio em espaços mais compactos ou de perfil contemporâneo.
Beleza que atravessa o tempo e as tendências
O primeiro impacto da bancada de mármore é visual. Sua superfície polida, reflexiva e marcada por desenhos únicos cria uma sensação de requinte difícil de igualar. Ao contrário de materiais que seguem modismos e rapidamente saem de cena, o mármore se mantém atemporal.
Em cozinhas de estilo clássico, escandinavo ou industrial, ele funciona como uma base elegante para o restante da decoração. “Cada peça é única, o que valoriza ainda mais o ambiente e cria uma identidade própria para cada projeto”, afirma o designer de interiores Fernando Piva, conhecido por trabalhar texturas naturais em composições sofisticadas.
Funcionalidade com personalidade
Além do apelo estético, o mármore entrega eficiência. Embora existam alguns cuidados com sua manutenção, principalmente por ser uma pedra porosa, sua resistência térmica é uma das maiores vantagens. Isso significa que panelas quentes podem ser colocadas diretamente sobre a superfície sem causar danos imediatos.
O segredo para a durabilidade está na escolha da variedade adequada (como o mármore dolomítico ou o mármore branco nacional) e no tratamento periódico com seladores, que evitam a absorção de líquidos e o surgimento de manchas.
Versatilidade que dialoga com diferentes estilos
Outro aspecto positivo do mármore na cozinha é sua capacidade de se adaptar a diferentes propostas de decoração. Ele pode aparecer em cozinhas minimalistas com acabamento acetinado, em projetos rústicos com bordas aparentes ou até combinado a metais escovados e madeira em cozinhas modernas.
Seja como ilha central, bancada da pia ou apenas como detalhe decorativo, ele conversa bem com diversos materiais e cores — o que garante liberdade criativa para arquitetos e moradores.
Valorização estética e financeira do imóvel
Investir em uma bancada de mármore também significa agregar valor ao imóvel. Por ser uma rocha nobre, sua presença costuma ser associada a um padrão de acabamento superior, o que pode influenciar positivamente a percepção de compradores ou locatários.
Além disso, sua durabilidade e facilidade de reparo em caso de riscos leves ou perda de brilho fazem com que o material mantenha seu aspecto sofisticado por muitos anos, tornando o custo-benefício bastante vantajoso no longo prazo.
Conexão sensorial com a natureza
Mais do que um simples revestimento, o mármore carrega uma conexão emocional com a natureza. Sua formação milenar, os veios orgânicos e a superfície fria ao toque criam uma experiência sensorial que contribui para a atmosfera da casa.
Em tempos de valorização do bem-estar, essa característica ganha ainda mais relevância. “Quando projetamos a cozinha com elementos naturais, como pedra, madeira e luz suave, conseguimos transformar o ambiente em um espaço de pausa e presença”, conclui Juliana Zanon.